Não será no Operário de Várzea Grande que o goleiro Bruno retomará a sua carreira. O atleta, condenado na Justiça mineira a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-namorada e modelo Eliza Samúdio, em 2010, recebeu uma proposta do clube de Mato Grosso. Porém, a pressão da torcida e a perda de alguns patrocínios fizeram a equipe desistir oficialmente da contratação nesta quarta-feira.
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“Pelo presente, viemos informar que a diretoria do Clube Esportivo Operário Várzea Grandense não contratará o atleta Bruno Fernandes das Dores de Souza”, diz o comunicado divulgado no fim da tarde nas redes sociais do clube.
Na última segunda-feira, quando o negócio já era dado como certo, a Justiça de Varginha, a 320 km de Belo Horizonte, autorizou o atleta de 34 anos a se mudar para o Estado do Mato Grosso.
A chegada de Bruno ao clube de Várzea Grande estava repercutindo muito mal. A situação ficou insustentável após patrocinadores suspenderem seus acordos, já que o clube depende dessa verba para arcar com sua folha salarial.
Os protestos feitos por torcedores e moradores da cidade também foram decisivos. A diretoria compreende que não pode desprezá-los, mesmo que não sejam maioria.
Protesto
Nos últimos dias, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso divulgou uma nota de repúdio à contratação de Bruno no time mato-grossense. No texto, o órgão citou a condenação de 20 anos e nove meses do jogador por participação no crime ocorrido em 2010.
“Trata-se de alguém que demonstrou profundo ódio e total desrespeito às mulheres ao tratar dessa forma cruel e bárbara aquela que seria a mãe do seu filho”, destacou a nota.
A entidade alegou que o esporte cria ídolos que servem de inspiração para crianças e jovens em formação e, por isto, a contração do goleiro representaria “um fato bastante preocupante”.
Outro clube que negociava com o jogador era o Fluminense de Feira de Santana (BA). O time desistiu do acordo após pressão de torcedores
Fonte: R7