Pacote anticoronavírus pode levar rombo nas contas a R$ 220 bi

Compartilhe

As medidas já anunciadas pelo governo para conter os impactos econômicos do novo coronavírus no País são suficientes para levar as contas públicas a um rombo de R$ 219,7 bilhões. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, as novas projeções para o desempenho da economia em 2020 devem drenar R$ 25 bilhões em receitas dos cofres da União, enquanto as ações adotadas pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, resultam em uma despesa adicional de ao menos R$ 33,1 bilhões.
Os impactos não param por aí, uma vez que o governo ainda pode precisar reforçar o caixa do Ministério da Saúde num momento que os casos de covid-19 ainda crescem em ritmo exponencial no Brasil. Além disso, algumas medidas anunciadas, como o pagamento dos primeiros 15 dias de auxílio-doença pelo INSS em caso de segurado contaminado pelo novo coronavírus, não tiveram o gasto potencial divulgado.
A equipe econômica também tem sofrido pressão para elevar os gastos, uma vez que o reconhecimento pelo Congresso Nacional do estado de calamidade pública no País dispensa o governo de cumprir a meta fiscal, que prevê déficit de R$ 124,1 bilhões. Técnicos já precisaram alertar internamente que a calamidade não dá “salvo conduto para gastar ou deixar de arrecadar” e têm pedido cálculos de impacto mensal de cada proposta e sugestão de medida compensatória.

Nesta sexta-feira, 20, em coletiva para apresentar o relatório do Orçamento, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, explicitou a mensagem e defendeu o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação. “Mantemos na íntegra o teto de gastos. Não há mudança no teto de gastos com esse reconhecimento da calamidade”, afirmou.

Até agora, a equipe econômica reconhece um déficit de R$ 161,623 bilhões em 2020. O número representa o quanto as despesas vão superar as receitas este ano. O valor é bem maior do que a meta, mas ainda se baseia em parâmetros velhos, quando eram esperados um crescimento de 2,1% na atividade este ano e um valor médio de US$ 52,70 no preço do barril do petróleo no mercado internacional. Essas previsões derreteram para 0,02% e US$ 41,87 respectivamente, e o resultado será menos dinheiro ingressando no caixa da União.

Conheça nossos serviços

– Mentorias
– Media Training
– Digital Influencer
– Cerimonialista
– Produção de Vídeos
– Curso – Método da Rosa

Segundo apurou a reportagem, o novo parâmetro de PIB deve tirar cerca de R$ 20 bilhões da previsão de receitas da União, enquanto o preço menor do petróleo afetará em R$ 10 bilhões a receita bruta com royalties (desse valor, R$ 5 bilhões desfalcarão os cofres federais, e o restante deixará de ir para os Estados).
Do lado da despesa, o governo já anunciou um aumento de R$ 3,1 bilhões nos gastos com o Bolsa Família, para colocar dentro do programa 1,2 milhão de famílias que hoje estão na fila de espera, e outros R$ 15 bilhões para conceder um auxílio emergencial de R$ 200 mensais a trabalhadores informais e autônomos que forem afetados pela crise. Com a menor circulação de pessoas, por recomendações sanitárias, a demanda por bens e serviços tem diminuído bastante, e esses trabalhadores são os mais vulneráveis por não contarem com uma rede de proteção.
O governo também vai gastar R$ 10 bilhões com uma compensação aos trabalhadores da iniciativa privada que tiverem jornada e salários reduzidos durante a crise. Outros R$ 5 bilhões serão investidos numa antecipação de R$ 200 para pessoas com deficiência que ainda estão na fila de espera do benefício assistencial de baixa renda, o chamado BPC.
Waldery disse que o governo vai tentar recompor algumas receitas que precisaram ser retiradas do Orçamento, como os R$ 16,2 bilhões que seriam obtidos com a privatização da Eletrobras. O projeto de lei que abre caminho para a operação ainda não foi aprovado no Congresso. “Continuaremos trabalhando para, tão logo possível seja feita a privatização da Eletrobras”, afirmou.
Segundo o secretário, a equipe econômica vai divulgar periodicamente o “status fiscal” da União diante das medidas adotadas para frear a crise. Ele não detalhou qual será a frequência desse anúncio.

Voce pode gostar também!

Conheça meus serviços

É um serviço especializado realizado por mim Jornalista Marcela Rosa , especialista em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV, Na minha mentoria on line eu vou te orientar de forma individualizada nos seus trabalhos de vídeo ou ainda de textos para TV ou internet.

Saiba mais

Nas Redes Sociais, como jornalista,eu atuo de uma forma diferenciada. Na verdade, uso a minha imagem e o meu texto (fala) como “referência” digital para produtos e serviços que coadunam com meu perfil de mulher adulta, mãe e profissional da comunicação.

Saiba mais

O Cerimonial de uma jornalista busca sempre aliar competência e credibilidade com a imagem e a voz que vão representar empresas e organizações.

Saiba mais

O meu maior Knowhow é sem dúvida a produção, redação e apresentação de vídeos jornalísticos. E todo este conhecimento é reproduzido nas propostas institucionais.

Saiba mais