Após o governo do Amazonas informar o retorno de volta das aulas presenciais na rede pública a partir do dia 10 de agosto, o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) informou nesta quinta-feira,30, que vai ingressar com um mandado de segurança no TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) para impedir o retorno.
No dia 10 de julho, o sindicato pediu ajuda ao Ministério Público Estadual (MPE) para intervir junto às administrações estadual e municipal com a finalidade de adiar o retorno das aulas presenciais. O SINTEAM também pediu que o órgão ministerial interviesse para garantir o cumprimento de protocolos de proteção determinados pelos órgãos competentes. Ainda não houve resposta.
“Não tem teste para trabalhadores nem para estudantes, as salas de aulas têm, em média 50 alunos, não têm janelas, não há higienização dos aparelhos de ar condicionado. Não tem remédio ou vacina e não conhecemos o comportamento desse vírus. É melhor prevenir do que remediar”, afirma a presidente do SINTEAM, Ana Cristina Rodrigues.
Ela afirma que além de não ter estrutura para garantir a segurança sanitária, o governo do Estado está preocupado apenas com o cumprimento de prazos, índices e metas do Ministério da Educação e esquece a saúde mental dos trabalhadores. “Tivemos que trabalhar além do horário, mesmo doentes, atendendo familiares doentes e às vezes de luto. Os trabalhadores estão com medo de voltar porque sabem que não há segurança”, disse a presidente.
Ainda segundo o sindicado de professores, além de não estarem seguros para recomeçar as atividades este momento é inapropriado. “Infelizmente, o Plano de Retorno apresentado pelo Governador é falho e coloca em risco de contaminação e morte à todos da comunidade escolar. Nós do AspromSindical dissemos isso ao Sr. Luiz Fabian na reunião do dia 24, quando demonstramos que faltava( e ainda falta) no Plano às condições básicas que Seduc deveria ter resolvido, e não resolveu, para que se pudesse falar em planejar o retorno das aulas presenciais.”
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Segundo o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus, a categoria convocou uma reunião para discutir a possibilidade de aprovar o indicativo de greve. A discussão está programada para acontecer em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 01/08/20, a partir das 8:30h, na Praça Heliodoro Balbi ( Praça da Polícia), no Centro de Manaus.
Um pedido também foi feito aos pais dos alunos. “Apelamos aos pais e responsáveis por alunos da rede estadual de ensino que não atendam aos desejos insanos do Governador, e não permitam que seus filhos venham entrar nesta fúnebre estatística dos que já foram contaminados ou morreram pela Covid19.”afirmou a AspromSindical, em nota.
Durante anúncio do retorno das aulas estaduais, (28/08) Wilson Lima disse que o planejamento vem sendo feito desde o dia 1º de abril e recebeu o aval das autoridades de saúde, que apontam uma estabilização dos casos de Covid-19 no estado, além de ter sido realizadas consultas públicas com a comunidade escolar para definir as melhores estratégias para o retorno.