Pesquisa da Seduc aponta que 97,14% dos professores aprovam volta às aulas no regime híbrido; sindicato contesta

Foto: Tácio Melo/Secom
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Uma pesquisa realizada pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, mostrou que 97,14% dos professores da rede pública estadual de ensino, que lecionam na capital, aprovam a volta às aulas no regime híbrido, que inclui aulas presenciais e remotas. Ao todo, 82,5 mil pessoas de todo o estado, entre professores, pedagogos, gestores, administrativos, pais e responsáveis; responderam aos questionários on-line da pesquisa. Mesmo com a dvulgação da pesquisa, professores contestaram a afirmativa e aprovaram indicativo de greve em Assembleia Geral Extraordinária no último sábado (1º).

Segundo a pesquisa, entre os professores que responderam a pesquisa, também prevaleceu a divisão dos alunos em dois grupos, com 55,14% como a opção mais selecionada para a volta às aulas na capital. O retorno de forma híbrida também foi validado por 97,69% dos gestores de escolas, 97% dos pedagogos e 82% dos pais e responsáveis. Segundo a Seduc, o estudo tem índice de confiança de 95%, de acordo com o Departamento de Estatística secretaria de Educação.

No sábado, conforme o sindicato dos professores, a categoria classificou o decreto do governador como “genocida, que transforma as escolas em verdadeiros abatedouros”.

Segundo a AspromSindical, o Plano de Retorno das Aulas Presenciais, apresentado pelo governo, não previu as reformas das janelas das salas de aulas e das salas de professores, não prevê a testagem em massa dos trabalhadores da Educação e dos alunos, para a detecção dos possíveis contaminados assintomáticos e não prevê nenhum controle do poder público sobre o transporte coletivo urbano, que é o principal meio de transporte utilizado por professores e alunos para se locomoverem.

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“Torcemos para que o Governador Wilson Lima perceba o grande erro que está cometendo, colocando em risco as vidas de milhares de pessoas, e que volte atrás, para que não seja necessário que a greve seja deflagrada.
Também foi aprovada a realização de uma grande carreata, que se dirigirá para a Assembleia Legislativa do Amazonas, com a finalidade de cobrarmos a realização de uma Audiência Pública, para fazermos o debate sobre os riscos do retorno precipitado das aulas presenciais”, completou a AspromSindical.

Conforme a Secretaria de Educação, o orgão buscou entender os anseios da comunidade escolar para que o Plano de Retorno às Atividades Presenciais fosse conduzido com as percepções de todos que compõem a Educação, além de atender às medidas de prevenção estipuladas pelos órgãos de Saúde. O Plano de Retorno, que inclui todos os resultados da pesquisa realizada junto à comunidade escolar, está disponível para consulta no www.seduc.am.gov.br.

Ainda conforme a Seduc, a volta às salas de aula será de maneira gradativa e escalonada em 123 escolas da capital, totalizando cerca de 110 mil alunos. Os primeiros a retornarem – no dia 10 de agosto – são os estudantes do Ensino Médio regular e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). No dia 24 de agosto, retornam os alunos do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais). Ainda não há previsão para retorno das aulas no interior do estado.

Segurança em saúde

Para justificar o retorno das aulas, o governo do Amazonas afirmou que o retorno das aulas presenciais da rede pública estadual de ensino obedece a medidas de segurança em saúde determinadas no Plano de Retorno às Atividades Presenciais e tem o aval da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), que acompanha os dados da Covid-19 no estado.

Entre as medidas de saúde estão a distribuição e uso obrigatório de máscaras entre todos os profissionais e estudantes; reforço nas práticas de higiene pessoal, como lavagem correta das mãos nas pias instaladas nos ambientes comuns; distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas, tanto na sala de aula como nos corredores e refeitórios; e limpeza constante das superfícies para evitar a proliferação do vírus.

O secretário de Educação, Luis Fabian Barbosa, informou que para o retorno das aulas presenciais, o Governo do Estado está investindo mais de R$ 10 milhões na aquisição de materiais e insumos para a prevenção e combate ao coronavírus no ambiente escolar.

“Dentre os EPIs adquiridos, nós temos um milhão de máscaras. Cada aluno receberá duas. Os alunos de escolas integrais receberão quatro máscaras. Na hora da merenda, da refeição, tira. Além disso, haverá dispenser de álcool em gel em todas as salas. Fizemos revisão em todas as escolas para garantir que as pias estejam funcionando. Tivemos aquisição de sabonetes líquidos, papel, aventais e luvas para todos na cozinha. Todos os EPIs recomendados foram adquiridos por meio de licitação pública nacional”, disse Fabian.

 

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