Foragido desde 2018, o traficante Lenon Oliveira do Carmo, de 39 anos, foi recapturado no sábado (17), em Fortaleza (CE), em uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O homem, considerado de alta periculosidade, fugiu do sistema prisional após ter obtido na Justiça o direito à prisão domiciliar.
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De acordo com a SSP, Bileno, como é conhecido, tem envolvimento em diversos assassinatos, em Manaus, relacionados ao crime de tráfico de drogas. Ele participou das mortes registradas no Complexo Penitenciário Antônio Jobim (Compaj), em janeiro de 2017, quando 56 detentos foram brutalmente assassinados.
Há cerca de dois anos, Bileno passou a ocupar um posto de comando em uma organização criminosa do Rio de Janeiro. Conforme as investigações, o traficante era uma espécie de executivo do presidiário Gelson Carnaúba, conhecido como “Mano G”, chefe da facção criminosa.
Ainda segundo a SSP, Bileno foi preso pela última vez em fevereiro de 2018 no Amazonas. Em julho do mesmo ano, ele foi transferido para o Presídio de Mossoró, no Rio Grande Norte, onde ficou por cerca de quatro meses. Após receber o direito a prisão domiciliar, o criminoso quebrou a tornozeleira eletrônica e fugiu.
Traficante fez plásticas e mudou de nome
Para tentar se esconder das autoridades, Lenon mudou de identidade e passou a se chamar Aylon Soares Cardoso. Ele também fez cirurgias plásticas no rosto e ganhou nova aparência. Ostentava uma vida de luxo com a família na capital cearense.
Conforme a SSP, ao ser preso, ele estava visitando sua nova residência, uma casa de alto padrão a poucos metros da praia de Icaraí, na região litorânea.
As investigações que culminaram na recaptura do condenado vinham se desenvolvendo há cerca de três meses. Os policiais fizeram campana por dois dias até a prisão ser efetuada.
Lenon Oliveira do Carmo possui diversos registros policiais em Manaus. Prisões por tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídios e crimes ambientais. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o condenado domina o tráfico doméstico em bairros como Colônia Antônio Aleixo, Distrito Industrial II e Puraquequara, e atuava no intercâmbio das drogas por meio das orlas fluviais dos bairros.
Bileno também comandava invasões de terras na capital amazonense e tinha sob sua liderança uma milícia armada altamente violenta responsável pela propagação do tráfico de drogas. Em uma invasão no Francisca Mendes, ele montou um clube de lazer para traficantes e desviou o curso do rio para montar um balneário natural. A suspeita da polícia é que o local serviria como uma espécie de bunker dos criminosos, onde seriam montadas estratégias para articulação de fugas de traficantes do regime fechado.