O TRE-AM manteve a decisão de caçar o registro de candidatura do prefeito eleito de Coari, Adail Filho. A decisão saiu na noite quinta-feira.(04/03). Adail filho tentava com um recursos impedir a realização de novas eleições na cidade.
No entendimento dos juízes eleitorais, Adail e o vice, Keitton Pinheiro, que tinham sido reeleitos no 1º turno das eleições municipais de 2020 transgrediram a legislação eleitoral que proíbe integrantes do mesmo núcleo familiar exercerem mandados por mais de duas legislaturas consecutivas. Adail Pinheiro (pai) foi eleito em 2012 e cassado pela justiça em 2014. Mas em 2016, foi eleito prefeito e reeleito em 2020.
Os advogados de Adail Filho disseram em nota que ele vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a decisão e evitar a nova eleição em Coari.
Adail Filho, do Progressista, teve o registro de candidatura cassado em dezembro. Ele chegou a ser preso durante a Operação Patrinus no ano passado acusado de desviar R$ 100 milhões da prefeitura de Coari com fraudes em licitações e propinas recebidas de fornecedores.
A eleição no município foi uma das mais disputadas e mais agressivas com trocas de acusações entre os candidatos Adail e Robson Tiradentes do PSC.
Por causa da decisão da justiça eleitoral , a presidente da Câmara e Tia do ex-prefeito Adail Filho, Dulce Menezes que foi a segunda vereadora mais votada nas eleições de 2020, com 1.600 votos, assumiu a prefeitura.
De acordo com a denúncia feitas ao MP, desde que assumiu o cargo, Dulce Menezes vem nomeando parentes. O filho dela, Ledeson da Cruz Menezes, foi nomeado no dia 13 de janeiro para o cargo de diretor de departamento, na Secretaria Municipal de Infraestrutura, com salário de R$ 6 mil (vencimento de R$ 4 mil e gratificação de R$ 2 mil).