O Tribunal de Justiça do Amazonas se manifestou neste sábado sobre as fraudes descobertas que resultaram em desvios milionários da corte. O esquema que pode ter desviado mais de R$ 1,2 milhão foi descoberto durante a Operação Nababo na última quinta-feira (02/09). O Ministério público afirma que um grupo fraudava a emissão de alvarás para sacar valores de contas vinculadas a processos judiciais arquivados.
O grupo criminoso se valia do recurso de “sigilo nos processos” para dificultar ocultar os desvio em seis comarcas do Amazonas. A investigação apontou indícios da participação de um servidor terceirizado do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Em nota, divulgada neste sábado e assinada pelo presidente da TJAM, Desembargador Domingos Jorge Chalub Pereira, a corte se diz a maior interessada na elucidação dos fatos. “O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, …vem adotando…Todos as providências necessárias para a apuração das irregularidades e a devida responsabilização dos envolvidos quanto aos atos criminosos resultantes da movimentação fraudulenta e indevida de alvarás judiciais por indivíduo não autorizado” diz um trecho da nota.
Ainda segundo o TJAM, no âmbito judicial criminal, os investigados tiveram prisões temporárias decretadas, de acordo com os limites legais de atuação e a necessária busca de ressarcimento ao erário e a punição aos agentes responsáveis pelos delitos perpetrados.
Leia a nota na íntegra :
Na última quinta , durante a Operação Nababo, nome que refere a ostentação que os membros da quadrilha tinham nas Redes Sociais, a Polícia Civil do Amazonas prendeu em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), quatro suspeitos que segundo o Ministério Público do Amazonas, eram comandados por um servidor terceirizado do órgão.
No mesmo dia, a polícia cumpriu outros seis mandados de prisão temporária, busca e apreensão e sequestro de bens.
Os suspeitos devem responder por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.