A Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus, retomou no dia 1º de março a realização de partos humanizados na água após dois anos de suspensão. O atendimento, que é coordenado pelo Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar (CPNI), havia deixado de ser ofertado em 2020 em razão da pandemia de Covid-19.
O parto na água é feito em banheiras da unidade. Com a retomada, a expectativa é que haja aumento do número de nascimentos na maternidade, que registra, em média, mais de 40 por mês.
A direção da maternidade buscou, junto à Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), atender todas as recomendações para que esses partos pudessem voltar a ser ofertados para as pacientes da unidade, mesmo sem o fim da pandemia.
De acordo com o gerente de enfermagem, Manuel Roque, o parto na água apresenta muitas vantagens para as mães.
“A principal vantagem do parto na água é a diminuição das dores. A água morna, por volta dos 37 graus, proporciona relaxamento muscular profundo, o que ajuda a atenuar as contrações. Esse efeito anestésico da água geralmente abrevia o trabalho de parto e diminui a necessidade de intervenção médica. A água também proporciona uma sensação de leveza, o que aumenta a mobilidade da mulher, que poderá escolher a melhor posição para a dar à luz”, disse.
O enfermeiro acrescentou que a técnica também reduz a sensação de cansaço e, por ser parto normal, apresenta uma recuperação mais rápida. Uma grande vantagem do parto na água é a participação ativa da mulher em todos os momentos.
“Durante os nove meses em que estava sendo gerado, o bebê ficou dentro do útero imerso no líquido amniótico. Por isso, ao nascer na água, em temperatura e ambiente semelhante ao do útero, ele sente menos os efeitos externos, como luz e barulho, chegando ao mundo de forma mais natural e menos traumática. Além disso, o parto normal melhora a respiração do bebê”, garantiu.
As pacientes que desejam realizar o parto humanizado na água podem procurar o serviço social ou a gerência de enfermagem da unidade e agendar uma visita ao Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar.
Fonte: G1