A guerra na Ucrânia, provocada pela Rússia, não limita seus efeitos ao continente europeu. O país de Vladimir Putin é o maior fornecedor de gás e combustível para o continente, mas o confronto comprometeu as exportações.
Outro fator ligado à guerra são os combustíveis, e com isso, o setor aéreo deve ser impactado. Segundo companhias e associação do setor, a expectativa é que as passagens fiquem mais caras, viagens sejam adiadas e seja mais difícil incluir novos destinos, por conta do querosene de aviação (QAV), principal combustível.
Posicionamentos
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), o encarecimento do QAV gera impacto na retomada das operações aéreas, além de inviabilizar destinos mais caros. Além disso, a alta dos combustíveis deve impactar o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva do turismo.
A associação defendeu que medidas emergenciais de contenção de preços que incluam a querosene de aviação sejam tomadas para tentar amenizar a crise.
A GOL informou que os preços sofrerão impacto, mas não disse quanto:
“O QAV vem sofrendo constantes altas nos últimos três anos”, disse, “e, neste momento, representa cerca de 50% dos custos de um voo, percentual bem acima da média histórica. Comparada a 2019, a alta é de aproximadamente 90% e, em relação aos valores do último trimestre de 2021, de 30%”, informou a empresa.
Já a Latam informou que alguns voos que estavam programados para os próximos meses e os novos destinos previstos foram adiados para o terceiro trimestre deste ano.
Segundo a companhia, a atitude teve que ser tomada por causa do alto preço do querosene de aviação, resultado da guerra na Ucrânia.
Fonte: CNN.*