No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional das Florestas, data escolhida pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o objetivo de ressaltar a importância dos ecossistemas naturais na manutenção das condições de vida no planeta. O FSC Brasil aproveita o ensejo para reforçar o papel fundamental do manejo florestal responsável como alternativa sustentável de produção que, além de promover a conservação dos recursos naturais, contribui para a manutenção de conhecimentos tradicionais dos povos que vivem nas e das florestas.
As florestas brasileiras, nativas e plantadas, são fundamentais para a preservação de uma rica diversidade de fauna e flora e a sobrevivência de milhares de pessoas. Estimular uma renovação de hábitos, portanto, é essencial para recuperar e preservar esses ecossistemas, ainda mais importantes agora, diante da urgência climática.
“Aqui no Brasil, duas tendências significativas – e animadoras – sentidas nos últimos anos em relação à certificação são o crescimento na participação de pequenos e médios produtores e a diversificação além da madeira”, avalia Daniela Vilela, diretora executiva do escritório nacional do FSC. Os procedimentos de serviços ecossistêmicos, as certificações de subprodutos da madeira, como lignina e licor negro, e de produtos não madeireiros, como açaí, castanha e óleos, são exemplos desse olhar mais amplo, profundo e necessário para a floresta.
Apesar da deterioração da reputação do Brasil na área ambiental, com alta nas taxas de desmatamento, Daniela afirma ver uma pressão positiva de importadores e consumidores mais conscientes por produtos mais sustentáveis. Além disso, a implementação cada vez mais difundida dos conceitos ESG nas empresas amplia a adoção e criação de melhores práticas produtivas no país. Mais fiscalização e estímulos diversos, como subsídios, investimentos em infraestrutura e compras sustentáveis, também podem alavancar essa transformação.
“Infelizmente, ainda hoje, a concorrência desleal da ilegalidade existe”, afirma Daniela. “É claro que um produto certificado tende a custar mais caro do que outro que não leva em consideração diversos custos que, no final das contas, todos nós acabamos pagando com juros no futuro”, explica. “A data é simbólica, mas extremamente poderosa para relembrarmos a correlação que existe entre a nossa sobrevivência e as nossas atividades, inclusive como consumidores, com qualquer coisa que aconteça com as florestas”, diz a executiva.