Maior parte dos hectares em revitalização na Amazônia tem baixa aptidão agrícola, aponta estudo

Área desmatada da Amazônia na região de Porto Velho (RO), em 2019 - Foto: Ueslei Marcelino/ REUTERS
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Dos 7,2 milhões de hectares na Amazônia em processo de regeneração, 5,2 milhões estão em locais sem aptidão agrícola. Revelando que o espaço devastado pode ser revitalizado a baixo custo e sem perder terras agricultáveis.

É o que aponta uma nova pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), publicada na última quinta (24/03).

Os dados fazem parte do estudo “Oportunidades para Restauração Florestal em Larga Escala no Bioma Amazônia – Priorizando a Vegetação Secundária”, do projeto Amazônia 2030.

Conclusões

No estudo, os pesquisadores analisaram locais em que a vegetação secundária – esta que cresce em área que foi desmatada – possuía acima de seis anos.

A área classificada como tendo baixa aptidão agrícola é aquela em que há grande limitação para o plantio por estarem em aclives ou declives, o que dificulta o ingresso de máquinas agrícolas, como plantadeiras e colheitadeiras.

O pesquisador do Imazon e um dos autores do projeto, Paulo Amaral explicou que as intenções iniciais era desmatar para produzir, mas que as dificuldades e os altos custos inviabilizaram o processo:

“Além disso, classificamos como áreas de baixa aptidão agrícola aquelas que estão às margens dos rios, onde o desmatamento é ilegal”, complementa.

Precauções

O trabalho do Imazon também traz um alerta: dos 7,2 milhões de hectares em regeneração na Amazônia com mais de 6 anos, 2 milhões de hectares (27% do total) estão em áreas com “alta aptidão agrícola”.

A maior parte das terras com essas características são áreas privadas, assentamentos, têm Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou estão em áreas protegidas cuja agricultura é permitida. O total destas áreas chega a 1,4 milhão de hectares (72% dos 2 milhões).

Por este motivo, os pesquisadores afirmam que os governos devem priorizar essas áreas durante as ações de regularização ambiental e de validação dos CAR, além de implementar uma compensação financeira pela proteção da vegetação.

Outros 16% das áreas em regeneração com alta aptidão estão em terras públicas não destinadas, justamente as preferidas para grilagem – invasão de terras para obtenção de posse e de lucro com a venda posterior.

A recomendação é que os governos transformem estas áreas em terras indígenas, quilombolas ou unidades de conservação. Os 12% restantes estão em vazios fundiários.

Fonte: ((o))eco.*

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