O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estabeleceu um prazo de dez dias para que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes, dê esclarescimentos sobre trocas na instituição.
No caso, Moraes se refere a uma solicitação para a troca de delegados em diretorias estratégicas da coorporação.
Investigação
A decisão do magistrado é fruto de uma solicitação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar acredita que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha interferido em algum grau na PF.
Pelas redes sociais, Randolfe afirmou que a determinação de Moraes é “importantíssima para evitar as interferências indevidas de Bolsonaro na Polícia Federal, que segue tentando se blindar e proteger sua família às custas do interesse público”.
Em fevereiro, o governo de Jair Bolsonaro trocou mais uma vez o diretor-geral da PF, quando Nunes assumiu o cargo após a saída de Paulo Maiurino.
Conclusões
Na semana passada, a corporação concluiu que Bolsonaro não cometeu crimes nas supostas interferências realizadas por meio de nomeações e de tentativas de mudanças de cargos.
Em relatório final enviado ao STF, a PF também apontou que não é possível imputar crime ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro pelas acusações feitas a Bolsonaro em seu pronunciamento de demissão do cargo, em abril de 2020.