A compra de um carro novo no Brasil se transformou em um sonho quase impossível. Os modelos 0 km tiveram uma escalada de preços nos últimos dois anos e hoje o modelo mais em conta do país, um subcompacto, beira os R$ 60 mil. O carro mais barato do Brasil é o Renault Kwid, R$60 mil, seguido do Fiat Mobi em torno de R$62 mil e do Hyundai HB20 que não sai por menos de R$71 mil reais. Um novo estudo realizado pela Ipsos, no entanto, mostra que o preço dos combustíveis é a principal preocupação dos brasileiros na hora de comprar ou trocar de veículo.
Quando incentivados a listar os cinco maiores empecilhos, a resposta espontânea “preço do combustível” apareceu em primeiro lugar para mais de 43% dos respondentes. Na segunda posição está a alta carga de impostos, listada como barreira por 37,6% dos entrevistados. Outro grande fator que reduz a intenção de compra é a instabilidade econômica, mencionada por 36,8%.
A pesquisa também traz outro dado que revela a preocupação dos brasileiros com a alta dos preços dos combustíveis. Quando questionados sobre os principais fatores na hora de tomar a decisão de compra de um veículo, a resposta “economia de combustível” esteve entre as mais citadas por 40,6% dos entrevistados. O segundo fator mais decisivo também está atrelado à economia: 39,2% mencionam a relação custo x benefício dos veículos. Em seguida, “custo de manutenção e reparo” aparece como ponto decisivo para quase 38%.
Vantagens x desvantagens
Os entrevistados foram questionados, em questões abertas, sobre as principais vantagens e desvantagens de possuir um veículo próprio no Brasil. Para 57,4% das respostas, a independência para poder sair quando e para onde quiser é visto como maior vantagem. Entre os jovens de 18 a 29 anos essa percepção salta para 66,4%.
Logo em seguida, o fator “conforto” aparece como grande vantagem em cerca de 48% das respostas, seguido da conveniência de não depender de caronas, presente em 42,5% das menções. Para as mulheres, a questão da conveniência e conforto aparecem no topo com 61,5% e 52,6%, respectivamente.
Entre as maiores desvantagens, quase 72% responderam ser custos de manutenção como troca de óleo, pneus e demais reparos. Em seguida, 65,3% das respostas mencionaram custos operacionais, que envolvem combustíveis e energia.
Outro grande fator desvantajoso está nos custos com seguro, citado por 45,7%.A pesquisa “Ipsos Drivers 2022” foi realizada entre outubro de 2021 e novembro de 2021. Foram realizadas 1.549 entrevistas com pessoas no Brasil, acima de 18 anos. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.