Aos 13 anos, Caio Temponi foi aprovado na última edição do vestibular da Universidade de Fortaleza (Unifor), sendo considerado o mais novo estudante a ser classificado em processo seletivo de medicina no Brasil .
Caio já havia sido classificado em primeiro lugar no vestibular para Administração na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e, no ano passado, e no primeiro lugar no exame da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena (MG). Agora se prepara para o concurso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Também neste ano, Caio foi medalha de ouro na 28ª Olimpíada Internacional de Matemática de Maio, na categoria até 13 anos. Concorrendo com estudantes de 12 países, foi o único brasileiro a conquistar tal façanha.
Mesmo com tantas opções de carreiras a seguir e sem ter completado o ensino médio, o menino – que poderia recorrer a uma decisão judicial para autorizar sua proficiência educacional – prefere aguardar.
“Minha meta é fazer diferentes provas para ter mais conhecimento. Ainda tenho tempo para pensar em novas possibilidades”, diz, confessando que, no momento, se sente atraído pelo direito e medicina. “Tenho mais em mente o direito, mas medicina é outra área em que posso atuar para ajudar as pessoas”, conta.
O estudante e a família mas vivem no Ceará. Ele conta que costuma estudar até 10 horas por dia, mantém um canal no YouTube, mas garante que mantém a concentração nos estudos, deixandp o celular bem longe, de preferência em outro cômodo da casa.
Caio pulou o primeiro ano do ensino fundamental I e também o terceiro ano e o oitavo ano do ensino fundamental II e vai concluir o ensino médio no fim deste ano. Os pais, corujas, sempre apoiaram suas decisões, mas não escondem a apreensão em relação à decisão final do menino. “Medicina garante uma boa estabilidade financeira, mas a pessoa não tem vida, é trabalho dia e noite, a pessoa tem que estar preparada o tempo todo para dar más notícias. Não sei como isso seria encarado por Caio”, diz a mãe, dona de casa Laurismara Temponi, 41 anos.