A morte do jornalista e fotógrafo Maks Levin de 40 anos, executado em abril na Ucrânia revela uma situação de total violência e desrespeito em relação aos profissionais que cobrem o conflito. No total já são oito jornalistas de guerra mortos na Ucrânia em 2022.
Marks era um experiente fotógrafo de guerra e fazia parte da equipe de colaboradores da agência Reuters. Seu corpo foi encontrado em 1º de abril. Logo no início da guerra no Leste Europeu, o fotógrafo entrou em contato com um grupo de soldados que conhecia desde a cobertura do conflito no Donbas em 2014 para acompanhá-los e registrá-los em combate.
As fotos de Marks foram publicadas em vários meios de imprensa internacionais. Ele também já havia colaborado com outras mídias globais como BBC, TRT World e Associated Press.
No relatório intitulado “Como o jornalista ucraniano Maks Levin foi executado pelas forças russas”, uma organização francesa apresentou provas do que já tinha sido indicado, em abril, pela promotoria do distrito de Vyshhorod, onde o corpo foi encontrado. “Ele estava desarmado e foi morto por soldados das Forças Armadas russas com dois disparos de arma de fogo”.
Acompanhado por membros das forças de segurança ucranianas, uma dupla formada pelo chefe do escritório de investigação da RSF (Repórteres Sem Fronteiras), e Patrick Chauvel, um fotógrafo de guerra francês, conseguiu localizar a cena do crime e o carro modelo Ford Maverick de Levin, que foi carbonizado e abandonado no meio da floresta próxima à vila onde seus corpos foram encontrados. Eles encontraram várias balas no local, além dos documentos de identidade .Em uma fase final de busca iniciada pela RSF, detectores de metal localizaram a bala que provavelmente atingiu Levin.
Segundo o relatório da dupla, o fotógrafo e seu acompanhante, um soldado, foram interrogados, torturados e mortos pelos soldados Russos que estão combatendo na guerra da Ucrânia.