Na primeira noite do 55º Festival Folclórico de Parintins, a alegria da nação azul e branco começou já nos céus, foi de lá que vieram o apresentador, Edmundo Oran, e o levantador de toadas, Patrick Araújo. Acompanhados dos vagalumes descendo pelo guindaste, eles emocionaram a galera com a toada “Candelabros Azuis”.
A primeira alegoria da noite foi “Ka’apora’rãga”, a guardiã da floresta dos artistas Marialvo Brandão e Roberto Reis. A galera azulada foi ao delírio na arquibancada com o rufar do tambor da Marujada e os torcedores azulados fizeram o chão tremer com o “Quem vai mandar e a multidão”.
O fim do show azulado foi ao som de “Em defesa desse chão”. O Caprichoso apresentou as tribos indígenas rememorando o processo de colonização na região amazônica com a crueldade do conquistador e o roubo da terra. A cênica ilustrou o açoite do colonizador aos indígenas. Para salvá-los, o pajé desce dos céus em um grande sol e toca ainda lá do alto o tambor da liberdade dos povos, sendo aclamado com a toada “Pajé de guerra”.
Em seguida ganha destaque na arena um imenso ribeirinho acompanhado para dar início a figura típica regional: o caboclo ribeirinho com coreografado na toada “Rio de promessas”. É deles que vem a mãe-água representada pela rainha do folclore, Cleise Simas, bailando a música “rainha das Lendas”.
O ponto mais alto da noite foi o esperado ritual “O Tupari: Sucaí, o Tarupá da Friagem” que apresentou um critica o negacionismo à ciência da floresta e às mudanças climáticas. Nesse momento, o pajé Erick Beltrão iniciou a estreia na arena, para salvar o povo Tupari do caminho da morte.
A apresentação terminou com a torcida azulada cantando, mesmo com o atraso de 13 segundos após o limite de 2h30 para a apresentação do bumbá na arena do Bumbódromo.
“O Caprichoso fez uma grande apresentação”. Foi assim que o presidente do boi-bumbá Caprichoso, Jender Lobato, definiu o espetáculo da nação azul e branca após o encerramento da primeira noite do 55º Festival Folclórico de Parintins.
*Com informações do Portal A Crítica