Entre os dias 5 e 17 de julho, a Cinemateca Nacional do México promove a VI Semana do Cinema Brasileiro. Durante o evento, serão exibidos clássicos, como “Deus e o Diabo na terra do Sol”, de Glauber Rocha, e produções mais recentes, como “A memória que me contam”, de Lúcia Murat. A comemoração é realizada em parceria com a embaixada do Brasil, buscando promover o intercâmbio cultural entre os dois países.
“O Brasil está entre as três maiores cinematografias sul-americanas, junto com o México e com a Argentina. Este ano, decidimos trazer um panorama histórico que vai englobar quase 90 anos do cinema brasileiro, no contexto do bicentenário da Independência do Brasil”, é o que diz Nelson Carro Rodríguez, diretor de Difusão e Programação da Cinemateca Nacional do México.
A mostra exibirá Central do Brasil, de Walter Sales, que representou o país no Oscar, em 1999, e Joaquim, filme de 2017 dirigida por Marcelo Gomes, que conta a história de Tiradentes. Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976, dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Sonia Braga e José Wilker, foi o escolhido para a abertura do festival, que inclui filmes inéditos para o público mexicano.
“De toda a programação, Dona Flor é um filme com um tom mais leve e amável. Além disso, foi um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema nacional no Brasil e revelou nomes importantes do cinema e da cultura brasileira, como Sonia Braga, Jorge Amado e Chico Buarque”, afirma Nelson.
O evento faz parte de uma ampla agenda cultural programada para este ano, em comemoração aos duzentos anos da independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna. “Vamos realizar concertos, exposições fotográficas e trazer artistas urbanos brasileiros para produzirem trabalhos na Cidade do México, em homenagem ao Movimento Muralista Mexicano, que também completa cem anos. Seremos o país homenageado na Design Week do México e, como em anos anteriores, teremos a participação de autores brasileiros na Feira do Livro de Guadalajara, que é a mais importante da América Latina”, afirma Gustavo Raposo, chefe do Setor Cultural e Educacional da representação diplomática.