Um novo estudo em fase pré-clínica (não testado em humanos) para tratamento do câncer de mama em estágio inicial se mostrou promissor em eliminar completamente a doença de uma forma menos invasiva que as terapias convencionais. Os resultados foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Science.
No Brasil, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que cerca de 66.280 pessoas devem ser diagnosticadas anualmente com câncer de mama. No que se refere ao número de mortes pela doença, o levantamento do Inca mostrou que 18.032 morrem anualmente no país em decorrência do tumor.
Já nos Estados Unidos, esse tipo de câncer afeta 69 mil mulheres a cada ano, e em vários casos, elas acabam fazendo cirurgia de remoção de mama e tratamentos de radiação para esses cânceres muito precoces.
Pensando em evitar um tratamento invasivo como mastectomia (retirada da mama), a equipe de pesquisa propôs uma tipo de terapia que consiste na aplicação de uma injeção com a droga imunotoxina pelo duto mamário, que poderia poderia resultar na limpeza do DCIS.
Durante suas investigações com camundongos, os pesquisadores primeiro avaliaram os efeitos de morte celular de HB21(Fv)-PE40, uma imunotoxina direcionada, em quatro linhagens celulares de diferentes subtipos moleculares de câncer de mama.
Essa toxina consiste em HB21, um anticorpo monoclonal (proteína que pode se ligar a um alvo específico — neste caso, ao receptor de transferrina humana (TRF), uma proteína transportadora encontrada em câncer de mama).
A HB21 foi fundido ao PE40, um fragmento de uma toxina bacteriana que interrompe a produção de proteínas nas células e leva à morte celular.
As descobertas mostraram que essa infusão induziu fortes efeitos de morte do tumor em todas as linhagens celulares.
Os pesquisadores também administraram o tratamento em 10 camundongos para procurar toxinas circulando no sangue após o tratamento e não encontraram-nas entre cinco e 30 minutos após a injeção.
*Com informações da CNN