Na tarde da última sexta-feira (22/07), policiais civis do 3° Distrito Policial prenderam o paraguaio Eugênio Ramon Domingues, de 28 anos, suspeito de tráfico de drogas na região da cracolândia, no centro de São Paulo.
A polícia informou que o sujeito estava na posse de um tijolo de crack de 977,83 gramas na rua Santa Ifigênia. Eugênio foi surpreendido por agentes do serviço de inteligência e investigação da Polícia Civil, que fazem parte da operação Caronte, deflagrada em abril do ano passado para prender traficantes que atuam na cracolândia.
A polícia ainda informou que o paraguaio faz parte da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mas não tem posição de liderança, apenas atua na distribuição da droga no fluxo dos dependentes químicos. Não havia mandado de prisão contra ele.
Após a ação policial que esvaziou a praça Princesa Isabel, onde funcionava a cracolândia, pelo menos 16 pontos do centro de São Paulo foram ocupados por dependentes químicos. O principal deles fica na rua dos Gusmões, na esquina com a avenida Rio Branco, bem próximo do local onde Domingues foi preso.
As gestões atuais da prefeitura e do governo do estado defendem a dispersão como uma estratégia para enfraquecer a relação entre dependentes químicos e traficantes e, assim, convencer mais pessoas a buscar tratamento.
Entretanto, o deslocamento constante de usuários de drogas pelo centro tem provocado atritos com moradores e trabalhadores.
No início de julho, houve confronto entre comerciantes da região da Santa Ifigênia e usuários que estavam no fluxo da rua dos Gusmões.
Imagens de câmeras de celular mostraram funcionários dos estabelecimentos comemorando a dispersão após alguns dependentes terem sido atingidos por paus e pedras. No dia seguinte, lojistas organizaram um protesto pedindo mais segurança.