O corpo de Maxciel Pereira dos Santos, da Fundação Nacional do Índio (Funai), vai ser exumado pela Polícia Fedral para tentar descobrir se ele foi morto pelo mesmo grupo que assassinou o jornalista britânico Dom Phillips e indigenista Bruno Pereira. A perícia vai começar pelo calibre das balas com as quais Maxciel foi atingido.
De acordo com a PF, à época, o indigenista foi morto com um tiro no pescoço, após sofrer ameaças recorrentes. As verdadeiras motivações ainda são investigadas.
Os restos mortais do indigenista foram levados na terça-feira(03/10) para Brasília e vão passar por nova perícia. Os especialistas podem analisar não só o modelo da arma, mas identificar se a munição tem os mesmos traços específicos de armamentos já apreendidos ou de crimes já identificados.A decisão veio após investigações apontarem que denúncias de Maxciel contra a pesca ilegal na região podem ter sido a motivação do crime.
Às vésperas de completar quatro meses do crime, seis pessoas foram presas pelos assassinatos e ocultação dos corpos de Dom e Bruno. São eles: Amarildo Costa de Oliveira, conhecido como Pelado; Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha; os irmãos de Amarildo, Oseney, Eliclei e Otávio da Costa Oliveira; e o filho de Amarildo, Amarílio de Freitas Oliveira.