Pesquisas amazonenses sobre tambaquis serão apresentadas no Chile

Os estudos são os únicos desenvolvidos no Amazonas a serem apresentadas no simpósio Foto: Divulgação
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Dois trabalhos de pesquisa que estão sendo realizados na Universidade Nilton Lins voltados para a melhoria genética e o desenvolvimento de uma vacina para tambaquis de criadouros serão apresentados na próxima semana no Simpósio Internacional de Genética em Aquicultura, que acontece entre os dias 27 a 2 de dezembro, na cidade de Porto Varas, no Chile.

 

O evento, um dos mais importantes do setor no mundo, é um fórum de integração entre as academias e a indústria para avaliar futuras oportunidades econômicas e reúne especialistas e pesquisadores para debater estratégias e resultados para a integração de novas ferramentas genômicas na criação e produção de peixes em larga escala.

 

Segundo o professor e vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Aquicultura da Nilton Lins, Gustavo Valladão, as pesquisas são as únicas desenvolvidas no Amazonas a serem apresentadas no simpósio, o que demonstra o reconhecimento e o avanço dos trabalhos realizados no estado e também a relevância da universidade no cenário internacional, além da possibilidade de futuras cooperações com benefícios diretos para alunos, profissionais e também para a sociedade e para a economia amazonense.

 

“A Aquicultura no estado é um setor fundamental, mas sabemos que ela ainda está engatinhando em comparação com outros países e estes projetos da Nilton Lins voltados para o desenvolvimento nesta área de conhecimento vem cobrir a defasagem sobre a melhoria genética, e consequentemente de produtividade, para as espécies amazônicas”, destacou Valladão.

 

AS PESQUISAS

O primeiro trabalho do Amazonas a ser apresentado no Chile será “Cadeia Produtiva do Tambaqui: Seleção Genômica para Resistência/Tolerância a Acantocefalose”, realizado por Gustavo Valladão, juntamente com os pesquisadores Diogo T. Hashimoto (Unesp) e Alexandre Honczaryk (Inpa).

 

A pesquisa está realizando a identificação e seleção de famílias de tambaquis naturalmente resistentes ao acantocéfalo (doença que atualmente é o principal entrave sanitário das pisciculturas em toda região Norte), para minimizar seus impactos, reduzir os prejuízos dos produtores com perdas e medicamentos e ainda gerar maior sustentabilidade na cadeia produtiva.

 

O outro trabalho é intitulado “Desenvolvimento de Protótipo Vacinal para o Tambaqui”. O projeto é coordenado pela professora do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura da Universidade Nilton Lins, Sílvia Umeda Gallani e tem como objetivo o desenvolvimento de uma vacina contra a doença bacteriana conhecida como columnariose ou ‘Doença da Sela’, frequentemente identificada em tambaquis de criadouros.

 

Segundo Valladão, as duas pesquisas fazem parte de ações do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e tem previsão para estarem concluídas em 2023.

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