Um legado que começou com nomes, como o de Inezita Barroso e Helena Meirelles, abriram as portas para uma nova geração de cantoras e violeiras que estão fazendo nas atuais mídias.
As melhores violeiras do Brasil estão presentes na nova geração de violeiras. E, pensando nelas, a New Music Brasil, decidiu abrir o espaço para dar destaque às 10 violeiras que mais estão fazendo barulho nas plataformas digitais e nas redes sociais.
Então prepara a caixinha de som, o chapéu, a bota de couro, o cinto com a fivela prata, a camisa xadrez e simbora para esse Top 10 que está bom demais, sô!
A cultura caipira e a viola brasileira não são mais itens exclusivos do mundo masculino. Aos poucos, as mulheres estão tomando o espaço e consolidando-se na cena como instrumentistas e tornando-se referências da música e da cultura.
Este espaço foi negado para as mulheres durante muitos anos, deixando-as com o papel da resignação durante as festividades que envolviam a viola caipira. O seu protagonismo nessa cultura era negado, contudo, na década de 90, a mulher passou a ser bem vinda nas folias, festejos, conseguindo, finalmente, o seu espaço dentro da cultura.
A partir disso, as mulheres passaram a adentrar neste universo, que até então não podiam, para tocar instrumentos e serem parte, também, da cultura nacional. Duas violeiras podem ser citadas como pioneiras do movimento no Brasil: Helena Meirelles, que está na lista dos 100 maiores guitarristas, e Inezita Barroso, doutora honoris em Folclore e Arte Digital, além de ter comandado por 35 anos o programa Viola, Minha Vida na TV Cultura.
Ambas violeiras foram as responsáveis por abrirem as portas para os novos talentos desta geração. Mostrando, também, que a mulher pode – e deve – ocupar os espaços que eram vistos, até então, como apenas masculinos.
Embora a mulher já esteja conquistando esse espaço e tenha novos nomes a cada dia emergindo na cena, o universo da viola caipira ainda é extremamente machista e barra o reconhecimento desses talentos que vem surgindo.
Essas violeiras que vêm emergindo nas mídias e estão conquistando um público cada vez maior, ganhando notoriedade nas plataformas digitais e nas redes sociais. Sem mais delongas, saiba quais são as 10 melhores violeiras do Brasil atualmente!
1. Adriana Farias
Com mais de 31 anos de carreira na indústria musical, Adriana Farias tem um dos nomes mais consagrados na cena. A violeira começou a tocar viola com apenas nove anos de idade, e com 19 anos já era backing vocal para grandes nomes da música nacional, como Fábio Júnior, Wanessa Camargo, Leandro & Leonardo, dentre outros.
Durante 16 anos, Adriana, fez parte do grupo Barra da Saia, onde chegou a gravar uma música ao lado da apresentadora Hebe Camargo. O grupo entrou na história da música nacional e tornou-se referência dentro da cultura caipira.
De 2017 até 2019 apresentou o programa Viola, Minha Vida, um dos legados de Inezita Barroso.
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2. Juliana Andrade
A Embaixatriz do Sentimento Sertanejo conta com cinco CDs instrumentais lançados ao longo dos mais de 30 anos de estrada. No início da sua carreira, recebeu o título, Princesa da Viola, que, posteriormente, inspirou o nome do seu primeiro projeto, ‘‘A Viola da Princesa’’, lançado no começo dos anos 2000.
Juliana chegou a apresentar-se no programa Viola, Minha Vida, comandado por Inezita Barroso, que tornou-se a madrinha da sua carreira. A violeira, também, conta com participações em músicas de nomes, como Divino & Donizete, Marcos Violeiro e Cleiton Torres.
A violeira já fez parte de uma dupla com a violeira Jucimara, contudo, hoje está em carreira solo, comandando um canal de sucesso no YouTube.
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3. Gaby Violeira
Mais conhecida no meio como a Bruta que Domina, Gaby, atualmente, é um dos nomes que não saem das mídias e conquista números altos em todas as playlists que figura. Nas plataformas digitais, a violeira conquistou mais de 60 milhões de streams em suas músicas, chegando a bater 40 milhões de plays no sucesso ‘‘8×8’’, música que tem parceria da dupla Bruno & Barretto e DJ Kevin.
Gaby já foi entrevistada pelo apresentador Danilo Gentili durante o programa The Noite no SBT, onde, também, dominou o palco cantando ao lado da sua viola caipira. A violeira está há mais de 15 anos na estrada e já esteve em duas formações de duplas sertanejas, mas, hoje, decidiu seguir a carreira solo.
Recentemente lançou o single, ‘‘Berrante no Beat’’, que soma mais de meio milhão de plays só no YouTube!
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4. Kamylle Viola
Com apenas 17 anos de idade, Kamylle está chamando a atenção na cena, conquistando milhares de plays nas plataformas digitais e quase 300 mil seguidores nas redes sociais. A artista toca violão desde os oito anos de idade e com 12 anos passou a aprender a tocar a viola, pela qual se apaixonou.
A violeira vem ganhando destaque cada vez maior, chegando a participar em programas na televisão e em diversos podcasts. Durante 2021, lançou o primeiro EP da sua carreira, ‘‘Mundinho Particular’’, que conta as músicas, ‘‘Bolinho de Chuva’’, ‘‘Mundinho Particular’’ e ‘‘Conversa Vai’’.
Kamylle é adepta a cultura caipira, mas, é influenciada, também, pelo sertanejo pop em suas músicas. Ou seja, além de ser uma figura que leva adiante o movimento da cultura caipira para um público jovem, ela também o mescla com a potência atual, que é o sertanejo pop.
Trazendo, assim, para a mídia o modão raiz da viola caipira com toques modernos que conversam com a nova geração do sertanejo.
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5. Pâmella Viola
Com mais de 230 mil seguidores nas redes sociais, Pâmella é um dos nomes que mais estão chamando atenção na cena, chegando a figurar em grandes palcos televisivos, como o do programa Encontro, comandado por Patrícia Poeta.
Cantora, compositora e mato-grossense com 11 anos de carreira, Pâmella foi premiada em diversos festivais de violeiros, como Violeiros Mirins em Poxoréu, Festival de Música dem Itaguari e o Festival Patos e Viola de Patos em Minas. Conquistou, também, o troféu Renato Russo no prêmio Profissionais da Música.
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6. Carol Carneiro
A brasiliense começou a sua carreira na música com apenas sete anos de idade, e, hoje, é formada em música, cantora e compositora. Além de tocar a viola caipira, Carol também toca a flauta doce e o violão.
Em 2012 lançou o seu primeiro primeiro projeto, o CD ‘‘Roda na Banguela’’, e, em 2017, foi a vez do primeiro DVD, ‘‘Encantada na Viola’’.
Carol é extremamente respeitada em festivais culturais e é considerada uma das maiores compositoras da cena.
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7. Brenda Violeira do Pantanal
Brenda começou a tocar violão com apenas três anos de idade e, com quatro anos, encontrou a sua paixão: a viola caipira. Nascida em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brenda carrega o Pantanal em seu nome artístico para homenagear a sua cidade.
Com apenas nove anos de idade, a violeira já tinha começado a se apresentar em programas de rádio e televisão, chegando a subir nos palcos dos programas: Terra da Padroeira, Aparecida Sertaneja e no reality Astros, do SBT.
Brenda tem como referência, a violeira Helena Meirelles. E, em seu repertório, transita entre todas as gerações do sertanejo, apresentado desde o modão raiz, até o sertanejo pop, representado a nova geração de violeiras no Brasil.
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8. Karoline Violeira
Karoline foi apelidada carinhosamente de caboclinha por Inezita Barroso, que tinha um carinho especial pela cantora. A violeira também foi elogiada pela apresentadora Mariângela Zan e Alex Marli Dias, filha do sertanejo Tião Carreiro.
O seu repertório prioriza o sertanejo raiz, e traz à tona novamente músicas renomadas imortalizadas por grandes nomes da cena. Em seu mais novo projeto, Karoline interpreta canções compostas por Ademar Braga, João Miranda, Carlos Lima, Francisco Ramos, Nil Bernardes, Rubens Simões, Thiago Viola, Zé Procópio, dentre outros.
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9. Laís de Assis
Laís é violeira, violonista, arranjadora, pesquisadora e professora. A violeira fez parte do grupo A Dita Curva, coletivo artístico feminino. Laís esteve presente entre a lista de indicados para o Prêmio MIMO de Música Instrumental e venceu o Prêmio Profissionais da Música 2020 com a categoria Violas e Violeiros.
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10. Julia e Beatriz
Amigas desde a infância, a dupla Julia e Beatriz começaram a cantar desde criança, no coral da igreja que frequentam. Alguns anos depois, com o incentivo da família, decidiram aprender a tocar a viola caipira e montaram a dupla.
Desde então, a dupla vem conquistando seu espaço na cena, chegando a dominar os palcos de diversos programas na televisão.
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É fato que as mulheres estão conquistando cada vez mais um espaço que era exclusivamente masculino. As violeiras estão tornando-se grandes referências dentro da cultura caipira, passando a assumir espaços que antes não lhe eram permitidos.