Pegue a ópera L´Orfeo do italiano Claudio Monteverdi e misture com o Orfeu e Eurídice do alemão Christoph Gluck. Misture. Traga para Jaraguá do Sul, norte catarinense, e entregue a direção para uma argentina. Está pronta a receita de “As verdades de Orfeu”, segunda ópera montada exclusivamente para o público da 18ª edição do FEMUSC – Festival Internacional de Música de Santa Catarina. O espetáculo será apresentado nesta sexta-feira (20) às 20h30 no Grande Teatro do SCAR, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do festival.
“Fomos mesmo muito ousados este ano, quando resolvemos fazer não uma, mas três óperas”, disse o maestro Alex Klein, idealizador do FEMUSC. “Foi praticamente um presente pela maioridade que o evento completa este ano, e que tem dado resultados tão positivos e impressionantes ao longo dos anos”, completou. Mais de dez mil músicos já foram formados pelo FEMUSC desde o lançamento em 2006.
“As verdades de Orfeu” tem direção da mezzo-soprano Raquel Winnica Young, responsável pela mistura dos “Orfeus” de Gluck e Monteverdi. Esta é a segunda experiência de Raquel no FEMUSC, que desta vez veio especialmente para dar aulas de voz histórica e dirigir a peça.
O toque europeu da ópera ficou por conta da direção musical, que está nas mãos do espanhol Luis Antonio Gonzalez, que vem pela primeira vez ao FEMUSC exclusivamente para a função. Para a sonorização da ópera, Gonzalez contará com as orquestras Barroca e Clássica do festival.
Cerca de 50 pessoas entre cantores, orquestra e dançarinos fazem parte de “As verdades de Orfeu”, que sucedeu, no FEMUSC deste ano, “A Paixão Segundo São Mateus”, de Johann Sebastian Bach, encenada na última sexta-feira (13) e aplaudida por uma casa lotada. De acordo com levantamento da organização do FEMUSC, aproximadamente mil pessoas assistiram ao espetáculo. “Vamos repetir o sucesso nesta sexta”, diz o maestro.