O estado do Amazonas registrou 384 casos de hanseníase em 2022. Os dados são da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), que fará um mutirão de atendimentos, em Manaus, para detectar novos casos. A ação será realizada no sábado (28/01), das 7h às 15h.
Conforme a Fuham, o mutirão faz parte do campanha Janeiro Roxo, lançada na noite deste sábado (21). Janeiro é mês destinado à prevenção e combate à Hanseníase em todo o Mundo.
“Todas as pessoas que estiverem com lesão suspeita podem comparecer. Todos os funcionários vão estar envolvidos. Estamos planejando uma logística para que a gente possa oferecer um atendimento de qualidade e que a gente possa controlar a hanseníase em níveis aceitáveis”, afirmou o diretor-presidente da Fuham, médico dermatologista Carlos Chirano.
O atendimento programado para sábado começa às 7h. Toda pessoa que tiver algum sinal suspeito deve comparecer ao Alfredo da Matta, localizado na Avenida Codajás, número 24, bairro Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus.
Na unidade hospitalar, a pessoa vai passar por uma triagem e será encaminhada para um especialista. Procedimentos de biópsia também serão realizados, o que deverá agilizar o diagnóstico final.
Os principais sintomas da hanseníase são: áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato; formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência; pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente sem sintomas; diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose) e pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local.
Segundo um estudo recém-publicado na The Lancet Global Health, uma das revistas de maior prestígio na área médica do mundo, pessoas que vivem no Norte e Centro-Oeste do país têm de 5 a 8 vezes mais chances de contrair hanseníase. Para as crianças, o risco é 34 vezes maior em comparação com aquelas que moram na região Sul.