Adoçante não é estratégia para perder peso ou tratar obesidade; entenda os riscos e indicações

Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselhou o uso dos adoçantes sem açúcar para o controle do peso. Diretriz aponta que uso prolongado pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos. Foto: Freepik
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma nova diretriz sobre o uso de adoçantes sem açúcar. A recomendação divulgada diz que, esse tipo de adoçante não deve ser usado para perder ou controlar o peso.

No entanto, é preciso ressaltar que a diretriz não fala para substituir o adoçante por açúcar.

O que o documento busca é orientar os governos para uma alimentação mais saudável, como explicou ao Jornal Nacional a diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Maria Edna de Melo.

“É muito para que os governos se organizem no sentido de não ter a introdução dos adoçantes como parte de uma alimentação para o controle do peso”

A diretora do Departamento de Obesidade lembrou que a orientação não é motivo para pânico.

“Cada pessoa que usa adoçante, por orientação do seu nutricionista ou do seu médico, procure-o para fazer a discussão. Não precisa alarme. A gente tem que ter muita cautela na hora que a gente vai recomendar e também deixar de recomendar qualquer produto para os pacientes”, completou. (Veja mais abaixo para quem o adoçante é indicado.)

Riscos e falta de evidência para perda de peso

 

A nova diretriz da OMS alerta que o uso prolongado desse tipo de adoçante pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.

Em 2022, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) divulgou um documento com orientações sobre o tratamento nutricional do sobrepeso e obesidade.

Um dos capítulos é dedicado aos adoçantes. Nele, os especialistas alertam que “os adoçantes ganharam grande popularidade no controle do peso corporal e na glicemia em função de serem isentos ou fornecerem poucas calorias” e que “alguns estudos mostraram benefícios do uso de adoçantes, enquanto outros estão associados ao aumento de peso e aumento de risco para diabetes tipo 2”.

Rodrigo Moreira, diretor do departamento de Diabetes Mellitus da SBEM, explica que não existe uma conclusão definitiva sobre os riscos do adoçante, já que encontramos estudos “a favor” e contra”. No entanto, uma coisa a ciência já concluiu: não existe evidência de que o adoçante funciona para o tratamento de obesidade.

“Grande parte do uso de adoçante para tratamento de obesidade vem mais de uma crendice popular do que evidência científica. As pessoas acham que tirar o açúcar e trocar por um adoçante vai levar à perda de peso, mas não há evidência disso”, diz o endocrinologista.

Não existe nenhuma diretriz ou recomendação de sociedade médica no mundo para colocar adoçante como estratégia para perda de peso”

Para quem o adoçante é indicado?

O adoçante é uma estratégia para o tratamento do diabetes.

 

“Ele é uma opção muito válida para indivíduos com diabetes. Principalmente aqueles que usam insulina, que precisam corrigir os picos de glicose. Para pessoas com diabetes, quando você substitui o açúcar pelo adoçante, você tem como objetivo melhorar o controle da glicose, melhorar o controle do diabetes, diminuir os picos de glicose que ocorrem quando comemos alimentos ricos em açúcar”, explica Moreira.

 

O que diz a nova diretriz da OMS sobre adoçante

Evidências sugerem que adoçante sem açúcar não traz benefícios a longo prazo quando o assunto é a redução da gordura corporal, seja em adultos ou em crianças.

O documento alerta que o consumo contínuo pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.

A recomendação, no entanto, não vale para pessoas com quadro de diabetes preexistente.

Os adoçantes sem açúcar mais comuns são: acesulfame de potássio, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, estévia e seus derivados.

A diretriz não se aplica aos adoçantes feitos de açúcar de baixa caloria e álcool de açúcar, os chamados polióis, como eritritol e xilitol.

Para Francesco Branca, diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, as pessoas precisam encontrar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcar livre, consumindo alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar.

 

 

g1

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