A aluna Kathariny Victoria da Silva Lima, 13, da escola municipal Themístocles Pinheiro Gadelha localizada no bairro Jorge Teixeira, na zona Leste, foi a grande campeã na modalidade de xadrez infantil feminino, da 43ª edição dos Jogos Escolares do Amazonas (JEAs).
Para chegar ao título, a estudante da rede municipal de ensino teve que superar seis enxadristas nos jogos. Com a conquista, ela garantiu vaga nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), previstos para setembro deste ano, no Rio de Janeiro (RJ).
A aluna faz parte do projeto de xadrez na unidade de ensino, que iniciou em julho de 2021 e conta com o total de 30 estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Para a gestora da unidade, Daniele Santos, é um momento de muito orgulho, não apenas pelo título, mas pelo resultado do projeto na escola.
“Hoje estamos colhendo esses frutos, tanto com essa aluna quanto outros alunos, que futuramente também serão premiados. Uma das coisas que a gente cobra no projeto é que o aluno tenha um bom desempenho também acadêmico. A aluna, para participar do campeonato dentro da escola, tem que ter um destaque pedagógico com boas notas, comportamento exemplar e isso incentiva os outros alunos a também fazerem o mesmo”, completou.
No projeto de xadrez desde 2021, Kathariny Lima disse que aprendeu o xadrez no projeto, mas afirmou que é algo muito especial a primeira colocação, principalmente para competir nos jogos brasileiros.
“Eu me dediquei muito, mas todo jogador sabe que sempre na hora dá um medo, pois como a gente não sabia o nível das outras jogadoras, sempre fica o nervosismo. Para mim foi muito importante ter representado a minha escola, porque são poucos alunos municipais que ganham. Eu consegui trazer o título, que é o primeiro no xadrez para a escola. Agora, sei que outras jogadoras do Brasil vão participar, e fico nervosa só em pensar. Estou confiante de conseguir um título novo e não podemos perder a fé”, disse.
Idealizador do projeto de xadrez na escola, o professor de Educação Física, Jones Souza, ministra aulas três vezes na semana, com duas horas de duração. Ele ficou satisfeito não apenas com a Medalha de Ouro da aluna, mas principalmente com o trabalho pedagógico realizado com os alunos na escola.
“Posso dizer que o projeto desenvolve bastante a carreira escolar da aluna, tanto comportamental quanto mental e psicologicamente. Ela aprendeu aqui na escola o xadrez, onde o projeto é desenvolvido com ela e outros alunos. O fato dela ter vencido os jogos e agora estar apta a participar em âmbito nacional, reflete que a gente está no caminho certo para que o projeto tenha um bom andamento, assim como possa trazer novos alunos e novos frutos para quem sabe no cenário nacional e até internacional no xadrez”, disse.