Alunos indígenas participam do 3º Campeonato da Língua Kokama

O campeonato é voltado para os Espaços de Estudo da Língua Kokama e conta com a participação de alunos, professores e pais da comunidade, Foto: Reprodução
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Com muita música, danças, artesanatos, narrações da história dos anciãos, culinária, entre outras apresentações, alunos e professores indígenas. participaram, nesta quinta-feira, 30/11, do 3º Campeonato da Língua Kokama, realizado pelo Movimento de Vitalização da Língua Kokama. O evento aconteceu no Espaço de Estudo da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas Atawana Kuarachi Kokama, no ramal do Brasileirinho.

 

O objetivo do evento é fortalecer a língua, a cultura e a identidade indígena do povo kokama de Manaus, especificamente das comunidades atendidas pela rede municipal de Educação.

 

A rede municipal de Educação atende cerca de 610 alunos indígenas, nas escolas indígenas e ainda no contraturno nos 22 Espaços de Estudos da Língua Materna. Para o assessor técnico da Gerência de Escolar Indígena (GEI), Glademir Santos, a Semed reconhece todo o processo de ensino aprendizagem de forma autônoma e consensual do povo kokama.

 

“Os professores e assessores que ensinam a língua kokama e a Semed fazem um trabalho de construção do processo ensino aprendizagem na especificidade organizativa, chamado de povo kokama, que é um povo que cada vez mais cresce na cidade. E a rede municipal acompanha o que é desenvolvido nos espaços da língua materna e cada vez mais se sensibiliza, compreende e media todo o processo dos critérios culturais dos povos”, explicou Glademir.

Foto: Reprodução

O campeonato é voltado para os Espaços de Estudo da Língua Kokama e conta com a participação de alunos, professores e pais da comunidade, onde apresentam atividades de ensino-aprendizagem da língua e cultura.

 

“Nós estamos na década das línguas indígenas que vai até 2032, o campeonato é o momento em que os Espaços da Língua Materna Kokama se encontram para fortalecer a língua e cultura e que as crianças também se reúnem para brincarem, fazer apresentação sem vergonha, mas assim assumindo a sua identidade com todos os grafismos, roupas, danças e brincadeiras”, explicou a coordenadora do Movimento, Altaci Kokama.

 

Orgulho da etnia, é o que sente a aluna Vitória dos Santos, 14, 7º ano. “Não devemos ter vergonha de quem nós somos. As pessoas podem até rir da gente, mas nós devemos ter a certeza de toda cultura e tradição que carregamos e precisamos mostrar para os outros, porque só assim todos nos respeitarão”, disse a aluna.

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