O projeto Mapbiomas , uma parceria de mais de 20 instituições entre universidades, institutos nacionais, ONGs e o Google mapeou por meio de imagens de satélites todas as matas brasileiras. As imagens foram captadas desde 1985 pelos satélites internacionais Landsat.
A plataforma foi desenvolvida com base na tecnologia do Google Earth Engine, que permite o processamento das imagens de satélite na nuvem de forma distribuída. Além da Amazônia, o estudo contempla os biomas terrestres Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica e três áreas transversais – agricultura, pastagens e zona costeira.
Até 2017, houve duas grandes altas de desmatamento segundo o estudo: entre 1994 e 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso, e entre 2004 e 2005, no Governo Lula.
Na Amazônia, os impactos são relevantes tanto em desmatamento quanto em recursos hídricos. Nestes 32 anos de estudos, os satélites apontam para uma perda de 18% do total de florestas só na região Norte brasileira.
Na parte hídrica, a situação também é negativa e preocupante. O estudo mostra uma redução da superfície na Amazônia em 350 km2 de áreas que eram cobertas por ambientes aquáticos por ano.
O resultado da análise foi publicado na revista científica “Water” sobre a situação dos recursos hídricos nas Américas. Intervenções humanas de grande porte como a construção de hidrelétricas e o desmatamento são apontadas como as grandes causas da diminuição de água na região.
As áreas mais afetadas com essa perda de superfície são as regiões de várzeas e lagoas que se formam entre a cheia e seca na Amazônia. Entidades como WWF-Brasil estão divulgando as informações do estudo e promovendo debates para alternativas de controle das perdas ambientais na Região.
*Assessoria e Redação