A cantora Anitta revelou que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, conhecido como causador da “doença do beijo”, há poucos meses. Ela contou sua experiência durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmilla Dayer para falar de sua luta contra a esclerose múltipla.
A cantora disse que passou “pelo momento mais difícil da [sua] vida” quando a doença foi confirmada. Segundo ela, a relação com Ludmilla foi importante para que conseguisse se tratar no começo da infecção.
A mononucleose infecciosa, também conhecida como “doença do beijo”, é causada pelo vírus Epstein-Barr através da saliva. Apesar do nome popular, não é apenas o beijo que pode transmiti-lo: objetos como escova de dente, copos ou talheres compartilhados com uma pessoa infectada também.
É muito frequente nas grandes cidades, principalmente durante o Carnaval, e costuma atingir pessoas entre 15 e 25 anos, segundo o Ministério da Saúde.
“A mononucleose infecciosa é a apresentação mais comum da infecção pelo vírus do Epstein-Barr. A maioria das pessoas pega quando ainda é criança e as manifestações são bem mais tranquilas. Quando a pessoa pega na vida adulta, os sintomas são mais pronunciados”, esclarece a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês.
Seu período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), passada a infecção, o vírus se torna inativo no corpo do paciente, podendo ser reativado em alguns casos.
Em muitos casos, a mononucleose se manifesta de forma assintomática. Por isso, as pessoas podem transmitir sem sequer saber que estão com o vírus.
Quando há sintomas, eles podem ser confundidos com os de outras doenças respiratórias comuns. Por isso, uma boa maneira de confirmar o diagnóstico é por meio de um exame sorológico para identificar a presença de anticorpos.