Áreas críticas para a biodiversidade ainda estão fora das Unidades de Conservação

Mapa desenvolvido pelo IPAM com o apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos destaca locais ameaçados pelo desmatamento. Foto: Reprodução
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Mesmo fora da proteção tradicional dos parques e estações ecológicas, a preservação desses locais é fundamental para garantir a conectividade entre áreas de mata nativa. Áreas de reserva legal, por exemplo, preservam a biodiversidade dentro de propriedades privadas e têm papel fundamental na criação de mosaicos de preservação, unindo áreas de vegetação nativa em diferentes propriedades.

 

“De acordo com o Código Florestal, propriedades rurais na Amazônia devem preservar 80% da sua área. Isso é um ativo tremendo que devemos olhar de perto. Temos que visualizar essas áreas privadas como uma forma de criar corredores de preservação, mesmo que seja necessário recuperar áreas. A implementação do Código Florestal deve ser vista como aliada à proteção da biodiversidade e precisa fazer parte de qualquer estratégia de proteção na Amazônia e no Cerrado”, destacou André Guimarães, diretor executivo do IPAM.
O mapa também destaca a diversidade biológica em formações não-florestais na Amazônia, como os lavrados de Rondônia, que muitas vezes são preteridos nos esforços de preservação. Segundo dados da rede MapBiomas, mais de 4% da Amazônia é composta por vegetações não-florestais, totalizando 18,5 milhões de hectares.

 

Os mapas foram apresentados para representantes das embaixadas dos Países Baixos, França, Noruega e Espanha, assim como servidores do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e Ministério da Ciência e Tecnologia e ambientalistas. O evento foi realizado na residência oficial do embaixador dos Países Baixos, em Brasília.

 

Lentidão na demarcação

 

De acordo com dados coletados pela newsletter Um Grau e Meio, produzida pelo IPAM, a criação de unidades de conservação na Amazônia aumentou 3,7% nos últimos 5 anos e já cobre 28,4% do bioma. A destinação é fundamental para a proteção do bioma, visto que 50% do desmatamento da Amazônia brasileira ocorre em terras públicas.
No Cerrado a demarcação encontra mais desafios: um aumento de apenas 0,7% nas Unidades de Conservação nos últimos cinco anos. Ao todo, metade do Cerrado já se encontra antropizado – alterado pelo uso humano para a criação de pastagens e lavouras, por exemplo – e 8% desse remanescente se encontra dentro de parques, estações e outras unidades de conservação. Em 2023, essas áreas concentram apenas 2,5% do desmatamento do bioma, cerca de 26,5 mil hectares, segundo dados do SAD Cerrado.

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