Um ataque aéreo israelense contra um carro perto de Rafah, no sul de Gaza, matou neste domingo dois jornalistas palestinos que estavam fazendo reportagens, de acordo com autoridades de saúde em Gaza e o sindicato dos jornalistas de lá.
Hamza Al-Dahdouh e Mustafa Thuraya eram ambos freelancers. Al-Dahdouh trabalhava como freelancer para a Al Jazeera e era filho do principal correspondente da estação de TV do Catar, em Gaza, Wael Al-Dahdouh. Um terceiro freelancer, Hazem Rajab, ficou ferido.
A Al Jazeera Media Network condenou o assassinato dos dois e disse que foi um ataque deliberado.
“Pedimos ao Tribunal Penal Internacional, aos governos e às organizações de direitos humanos, e às Nações Unidas que responsabilizem Israel pelos seus crimes hediondos e exijam o fim da perseguição e morte de jornalistas”, afirmou a rede num comunicado.
As Forças de Defesa de Israel não responderam imediatamente a um pedido de comentários sobre o ataque ou à alegação da rede de televisão, de que os dois jornalistas tinham sido deliberadamente alvejados.
Numa declaração de 16 de dezembro, em resposta à morte de outro jornalista, da Al Jazeera em Gaza, o exército israelense disse que “as IDF nunca têm, e nunca irão, ter como alvo deliberado jornalistas”.
A guerra Israel-Hamas que começou em 7 de outubro foi mortal para os jornalistas. O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), um órgão de fiscalização internacional, afirmou que até sábado, 77 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação social tinham sido mortos – 70 palestinianos, quatro israelitas e três libaneses.