A audiência de instrução e julgamento do Caso Débora começou na terça-feira (7/11) no Fórum Henoch Reis, Zona Sul de Manaus. O caso envolve o brutal assassinato de Débora da Silva Alves, uma jovem de 18 anos grávida de oito meses, em agosto, na capital do Amazonas. O pai do bebê, Gil Romero Machado Batista, é acusado do crime, juntamente com um amigo identificado como José Nilson.
No decorrer da audiência, o juiz James Oliveira dos Santos ouviu oito testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Amazonas (MPE/AM), sendo que três delas foram arroladas pela defesa dos acusados. Gil e José Nilton acompanharam a audiência por videoconferência a partir do Centro de Detenção Provisória (CDPM 1). Uma das testemunhas prestou depoimento por videoconferência, enquanto as demais estiveram presentes no local.
A audiência será retomada em 14/11, quando uma testemunha de defesa apontada pelos advogados de Gil Romero será ouvida, e os réus passarão pelo interrogatório.
Débora da Silva Alves foi encontrada morta no dia 3/08 em uma área de mata no Mauazinho, Zona Leste de Manaus. Ela havia sido queimada, teve os pés cortados e um pano no pescoço, indicando asfixia. A vítima havia desaparecido em 29 de julho, quando saiu de casa para encontrar o suspeito e receber dinheiro para comprar um berço para o bebê que esperava.
Após a prisão de José Nilson, colega de trabalho de Gil Romero e suspeito de envolvimento no crime, as investigações apontaram a participação de Gil Romero, que havia fugido para o Pará. Ele foi preso em Curuá, Pará, em 8/08 e, em depoimentos subsequentes, deu versões conflitantes dos eventos, inicialmente alegando que o bebê teria sido queimado junto com a mãe e depois admitindo tê-lo retirado do corpo da vítima após sua morte e jogado em um rio.
Recentemente, a família de Débora retornou à área onde seu corpo foi encontrado e descobriu uma ossada que acredita ser do bebê. Os restos foram enviados para perícia no Instituto Médico Legal (IML).