Nesta terça-feira (09/08), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará documentos endossando a adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, na expansão mais significativa da aliança militar desde a década de 1990, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na semana passada, o Senado dos EUA apoiou a expansão por 95 a 1, em uma rara demonstração de unidade bipartidária em uma Washington amargamente dividida. Senadores democratas e republicanos aprovaram fortemente a adesão dos dois países nórdicos, descrevendo-os como importantes aliados cujos militares já trabalhavam em estreita colaboração com a Otan.
A votação marcou o contraste com a retórica em Washington durante o governo do ex-presidente republicano Donald Trump, que buscou uma política externa “América em primeiro lugar” e criticou os aliados da Otan que não conseguiam atingir as metas de gastos com defesa.
Os governantes de Suécia e Finlândia solicitaram adesão à Otan em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Moscou advertiu repetidamente os dois países contra a adesão à aliança.
No mês passado, os 30 aliados da Otan assinaram o protocolo de adesão da Suécia e da Finlândia, permitindo-lhes aderir à aliança com armas nucleares assim que todos os Estados membros ratificarem a decisão.
No entanto, a ratificação pode levar até um ano, embora a adesão já tenha sido aprovada por alguns países, incluindo Canadá, Alemanha e Itália.