O biólogo e defensor da Amazônia Thomas Lovejoy morreu em Washington, nos Estados Unidos, na noite de sábado (25/12). A causa da morte ainda é desconhecida.
Lovejoy era reconhecido pelo vasto trabalho em prol da preservação da Amazônia e do meio ambiente. Formado pela Universidade de Yale, fez sua tese de doutorado na Amazônia, em meados dos anos 1960.
“Sempre fui fascinado por diversidade biológica e imaginava ter uma vida cheia de aventuras científicas. A Amazônia era esse mundo selvagem inacreditável e tropical. Era como se eu tivesse morrido e chegado ao Paraíso. Era fascinante, e aos poucos passei de simplesmente fazer ciência a fazer ciência e conservação ambiental”, disse o biólogo em uma entrevista à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Ao chegar no Brasil em 1965, o ambientalista atuou, inclusive, no Instituto Evandro Chagas, importante centro de pesquisas de micro-organismos e patologias da Amazônia. Ele também foi responsável por fundar o Amazon Biodiversity Center e Biological Dynamics of Forest Fragmentation Project (BDFFP).
O defensor do bioma brasileiro também foi responsável por chefiar pesquisas para o Banco Mundial e para as Nações Unidas. Ao longo de sua estadia no Brasil, foi condecorado com a Ordem do Rio Branco, em 1988 e com a Ordem do Mérito Científico, em 1998.
Em maio do ano passado Lovejoy e vários outros artistas se uniram a líderes indígenas, cientistas e uma ampla coalizão de ONGs no Artists United for Amazonía: Protecting the Protectors, um evento global de duas horas.
Os recursos arrecadados foram utilizados para prevenção e atendimento imediatos; alimentos e suprimentos médicos; comunicações de emergência e evacuação; proteção e segurança para territórios indígenas; e soberania alimentar e resiliência das comunidades.
Metrópoles*