O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (22.out.2020) que irá convidar diplomatas de outros países para uma “curta viagem” à Amazônia. Segundo ele, a intenção é mostrar a representes de outras nações que não há “nada queimando ou sequer 1 hectare de terra desmatado” na região.
Sem informar a data, Bolsonaro falou que a viagem deve durar uma hora e meia, no trajeto entre as capitais Manaus (Amazonas) e Boa Vista (Roraima).
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“O que mais nós precisamos é da verdade. Não podemos nos deixar vencer pela falsa narrativa. O mundo sempre esteve em guerra, nem que seja no campo das comunicações. Não é fácil estar do lado da verdade. A verdade me trouxe até aqui e a verdade libertará o nosso país”, afirmou.
Ele fez a declaração durante cerimônia de formatura dos alunos do Instituto Rio Branco, responsável por formar diplomatas no país. A turma formada em 2020 recebeu o nome de João Cabral de Melo Neto, em homenagem ao poeta e diplomata pernambucano. O evento foi no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
A fala de Bolsonaro contradiz números do próprio governo. Dados divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pelo Ministério do Meio Ambiente apontam que a Amazônia teve, de janeiro a setembro deste ano, a maior área queimada em 10 anos. Outros biomas também tiveram aumento no número de incêndios em 2020.
Esses números repercutem negativamente no Brasil e no exterior. A administração federal é pressionada externamente, tanto de governos e fundos de investimento, para a adoção de práticas sustentáveis.
ERNESTO CRITICA AMBIENTALISMO
Em seu discurso, o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) criticou o “globalismo” e o “ambientalismo”. Disse que são forças “marxistas” que tentam consertar a humanidade sem entendê-la. “Nada disso pode dar certo”, declarou.
Segundo o ministro, o governo parou “essa marcha para o abismo”. Disse que o povo brasileiro acordou e encontrou 1 líder.
“Esse povo revolta os esquerdistas que os detesta, amedronta os antigos e os mais recentes donos do Poder. O poder oligárquico pela 1ª vez está efetivamente ameaçado. A oligarquia e a esquerda se acasalaram confortavelmente, mas diante do povo elas tremem. Somente a fé verdadeira desse povo cristão e conservador proporciona a couraça moral e palpitante de amor patriótico para enfrentar o dragão da maldade”, afirmou Ernesto.
Também participaram do evento no Itamaraty:
Hamilton Mourão, vice-presidente da República;
Michelle Bolsonaro, primeira-dama;
Campos Neto, presidente do Banco Central;
General Ramos, ministro da Secretaria de Governo;
Paulo Guedes, ministro da Economia;
Tereza Cristina, ministra da Agricultura;
Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo;
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente;
Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de São Paulo;
Nelsinho Trad, senador pelo PSD do Mato Grosso do Sul.
Fonte: Poder 360