A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou, nesta quarta-feira (13), o ranking do desenvolvimento humano. O Brasil caiu duas posições, para o número 89 da lista com 193 países.
O IDH vai de 0 a 1 e é calculado com base em três critérios: a expectativa de vida, escolaridade e renda.
Os dados do relatório atual são referente ao ano de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O país registrou avanços ininterruptos de 1991 até 2002. No ano seguinte, o índice sofreu um leve recuo. Voltou a subir de 2004 a 2014. Em 2015 apresentou nova queda e desde então melhorou até atingir o maior patamar em 2019. Nos dois anos seguintes, já com a crise sanitária provocada pela Covid, o IDH caiu. Agora, o índice se recuperou, ainda abaixo do nível pré-pandemia. O Brasil passou da posição 87, em 2021, para 89 no ano seguinte.
Os países ricos que alcançaram os índices recordes, se recuperaram das crises geradas no período da pandemia de Covid-19. Já os países mais pobres, caíram nas posições do ranking e retrocederam no ritmo de progresso pré-crise.
Segundo o relatório, quase 40% do comércio global de mercadorias se concentra em três ou menos países; e a capitalização de mercado de cada uma das três maiores empresas de tecnologia do mundo superou o Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 90% dos países em 2021.
Entre os entraves para o desempenho brasileiro, segundo a ONU, está a dificuldade em dar continuidade para políticas públicas.
Isso prejudica, por exemplo, o desempenho na educação. Neste caso, o tempo médio de permanência na escola subiu muito pouco entre 2021 e 2022, chegando a 8,2 anos de estudo.
O tempo mínimo de estudo só na educação básica são 12 anos – do início da alfabetização até a conclusão do Ensino Médio.