Na perspectiva do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), uma espécie de banco central dos bancos centrais, o Brasil pode ser o país emergente mais suscetível ao impacto da desaceleração chinesa.
Ao seu lado, estão países como a Coreia do Sul, que seria a mais afetada, na visão da entidade, com sede em Basileia, na Suíça, além de Índia e México.
O BIS compara uma queda de 1 ponto porcentual (p.p.) no crescimento da economia da China com uma redução em torno de 0,7 p.p. no ritmo de expansão do Brasil em seu relatório econômico anual, publicado neste domingo. Como base, utilizou dados entre os anos de 1996 e 2019.
“Muitas economias emergentes estão altamente expostas ao crescimento chinês mais lento, especialmente países da Ásia emergente e alguns exportadores de commodities”, afirma o BIS, em seu relatório econômico anual, publicado no domingo (26/06).
No ano passado, a economia chinesa cresceu 8,1%, mas esse ritmo já desacelerou para 4,8% no primeiro trimestre de 2022.
Organismos mundiais e bancos de investimento têm revisado o ritmo de expansão da China para baixo diante da política de Covid-zero implementada pelo país.
Recentemente, o Citi cortou sua estimativa para o PIB chinês neste ano, que passou de uma alta de 4,2% para 3,9%.