Uma pesquisa do Observatório de Mortes e Violências contra LGBT no Brasil divulgou, nesta quarta-feira (11/05), um levantamento que destaca o registro de 316 mortes de pessoas relacionadas à sua orientação sexual e identidade de gênero.
De acordo com o estudo, em comparação com 2020, com 237 óbitos na época, o país constou com 316 mortes ano passado. Entre os casos, maior parte das causas são de origem violenta, sendo 262 homicídios e, 23 latrocínios. A principal causa da morte foi esfaqueamento com 28,8%, seguido de arma de fogo (26,27%) e espancamento (6,33%). Atentando-se também que a estimativa pode cobrir apenas em parte, devido às subnotificações.
De acordo com o coordenador Alexandre Bogas, diretor executivo da Acontece Arte e Política LGBTI+, para o jornal O Globo, apontou ausência de políticas públicas.
” Com o recuo da pandemia, as pessoas começaram a sair e ficarem mais expostas ao preconceito. Com a polarização de ideias conservadoras, muitas pessoas se sentem livres para violentar pessoas LGBTQIA+. A ausência de políticas públicas também ajuda no número crescente de casos e na sua subnotificação, pois infelizmente não conseguimos captar todas as mortes pelo país”, declarou.
Em relação ao perfil das vítimas, entre o total, 112 eram pretas ou pardas e 127, brancas e cerca de 96 delas tinham entre 20 a 29 anos. Além disso, o relatório registrou que aproximadamente 152 casos ocorreram de noite por arma de fogo ou branca.