Caatinga tem mais 10% de vegetação nativa perdida nos últimos 37 anos

Caatinga tem mais 10% de vegetação nativa perdida nos últimos 37 anos
A caatinga conta com 30,5% de seu território classificado como reserva. Foto: Mateus Pereira/ Governo da Bahia
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A caatinga perdeu 10% da sua vegetação nativa nos últimos 37 anos (período em que o monitoramento passou a ser feito), segundo relatório do MapBiomas.

O levantamento mostra que o bioma sofreu modificações em um quarto (25,59%) de seu território em decorrência da ação do homem. Problemas como queimadas e perda de superfície de água têm acelerado a expansão das áreas de desertificação. A agropecuária foi a principal causa.

Presente em quase 10% do território nacional, a caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e se estende por nove estados – sendo que cinco têm mais de 50% de seu território no bioma: Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Este último é o único que fica integralmente dentro do bioma. A Bahia é o estado com a maior área de caatinga: 40,7% do seu território.O estudo, divulgado no último dia 6, destaca que mais de 15% da área do bioma foi queimada, totalizando 13.770 hectares.

Só no Ceará, o aumento de áreas de pastagens foi superior a 320%, ou seja, quadruplicou desde que o monitoramento começou a ser feito, em 1985. Nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, as pastagens mais que dobraram (125% e 172%, respectivamente). Em Minas Gerais, a agricultura cresceu 131% no período mapeado.

“Mapeamos a região de Irauçuba, no Ceará, e detectamos a expansão de um núcleo de desertificação. Padrão semelhante foi observado em outros núcleos de desertificação, como em Cabrobó (PE), com tendência de expansão para leste, no sentido de Alagoas, e, em Seridó (RN), verifica-se expansão para o sul em direção à Paraíba”, explica Washington Rocha, coordenador da Equipe Caatinga do MapBiomas.

Além dos núcleos de desertificação, é possível monitorar com os dados do Mapbiomas as áreas suscetíveis à desertificação (ASDs), como Jeremoabo, na Bahia. “Este é um exemplo de como a transformação da caatinga coloca o bioma em risco”, alerta.

A caatinga conta com 30,5% de seu território, ou mais de 26 milhões de hectares, classificados como Reserva da Biosfera. Esse termo é usado para designar áreas de ambientes marinhos ou terrestres “reconhecidos internacionalmente pelo seu valor para a conservação ambiental” e também pelo seu valor científico.

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