O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, realiza no próximo domingo (8), no Brasil inteiro e também no exterior, a 3ª Caminhada pelo Fim da Violência contra a Mulher. Em Manaus, a mobilização começa às 9h (com concentração a partir das 8h), no complexo turístico da Ponta Negra, na zona oeste. A caminhada sairá da frente do anfiteatro da Ponta Negra e vai percorrer a orla até voltar ao ponto de partida.
A iniciativa integra os ’16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres’ – uma campanha internacional de combate à violência contra as mulheres e meninas, que consiste numa mobilização global da sociedade civil em torno deste propósito.
No Brasil, a mobilização dura 21 dias: começou em 20 de novembro – no Dia Nacional da Consciência Negra e pelo fato de mulheres negras serem as maiores vítimas da violência – e se encerra em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Nos demais países ocorre entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres (o ‘Dia Laranja’, proclamado pela ONU), e 10 de dezembro.
De acordo com a representante em Manaus do Grupo Mulheres do Brasil, Fabiana Souza, cerca de 150 pessoas são esperadas na caminhada, que acontecerá ao longo da orla. Para ela, a participação de Manaus na manifestação é essencial, principalmente pelos números de violência contra a mulher divulgados recentemente.
“É muito importante Manaus participar de uma caminhada como essa porque precisamos de uma mobilização urgente em nossa cidade a fim de combater e minimizar os casos de violência contra a mulher. Em meados de agosto deste ano, foi divulgado um relatório da Polícia Civil, que aponta um número alarmante: todos os dias 18 mulheres sofrem algum tipo de violência. De janeiro a junho, 3.192 mulheres pediram medida de proteção contra um agressor”, explica.
A caminhada acontecerá no mesmo dia e horário da Faixa Liberada, quando a via pública é fechada para os carros e aberta a milhares de pessoas que utilizam o espaço para a prática de exercícios. Fabiana acredita que a simultaneidade dos eventos é positiva para levar a mensagem do movimento ao maior número de pessoas possível.
“Esperamos ecoar esses números alarmantes, através de rodas de conversa, entregando panfletos informativos que apresentam e reforçam os canais de ajuda que a mulher tem, entre outras alternativas de amparo que, para algumas mulheres, ainda são desconhecidas”, disse.
De acordo com Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil, a caminhada deverá reunir milhares de pessoas em todo o Brasil e também no exterior. “Essa grande mobilização ganhou agora caráter internacional com os nossos núcleos no exterior. A violência contra a mulher acontece em todo o mundo, não é um problema exclusivo do Brasil. Com camisetas laranjas, vamos ocupar as ruas em sintonia com as mulheres de todo o planeta que ainda vivem em situação de violência”, finaliza Marisa.
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