O Canal Futura exibe a nova produção do Instituto Arte na Escola, voltada especialmente para professores da Educação Básica. Seis artistas da mais nova geração da Arte Contemporânea brasileira compartilham suas visões de mundo e estratégias sensíveis de criação. Dança, Teatro, Performance, Música e Artes Visuais compõem os episódios da série “Novos Artistas da Arte Contemporânea”. Neste domingo (08/05), às 19h45, será apresentado o processo de criação de Uýra Sodoma, conduzido pela mestra em Ecologia e educadora ambiental Emerson Pontes.
Conhecida como “a árvore que anda”, Uýra se mostra uma entidade híbrida, que constitui a sua expressão artística utilizando o próprio corpo como ferramenta de manifestação. Para isso, faz o uso de elementos da natureza unidos a uma maquiagem cheia de significados, que acentua a sua transfiguração. Ela reivindica a legitimação do meio-ambiente, dos povos originários, do povo negro e da comunidade LGBTQIA+.
O documentário apresenta um breve panorama da sua trajetória, da sua infância, a mudança de uma pequena vila no Pará para Manaus, e como isso provocou na artista o primeiro impacto na percepção da intervenção humana sobre a natureza: assim, sua sensibilidade para a causa ecológica foi despertada. Uýra contou com a influência de um professor para continuar os estudos. Formou-se em biologia e fez mestrado em Ecologia, ao pesquisar sapos. A produção estética de Uýra e sua militância por meio da arte, pelos direitos humanos e pelo meio ambiente é também impregnada da cosmovisão dos povos originários.
A primeira temporada desta produção, que já está disponível também no Futura Play com recursos de acessibilidade, conta a história de artistas que trilham seus caminhos por diferentes tipos de linguagens, vindos de várias partes do país, como Bruno de Jesus (BA), Fabio Vidal (BA), Mestre Anderson Miguel (PE), Rubiane Maia (ES), Uýra Sodoma (AM) e Xadalu Tupã Jekupé (RS).
Ao refletirem sobre os seus processos de criação, eles fazem também uma ponte com a Educação, investigando como a Arte se desdobra em contextos educativos – sejam eles formais, ou não. Ao selecioná-los para compor a série Novos Artistas da Arte Contemporânea, o IAE pensou em singularidades, territorialidade e diversidade. E o trânsito pelas periferias e grandes centros urbanos foi uma das principais motivações nesta escolha. Por isso, a inserção da palavra “novos” no título da série busca desvendar a trajetória artística de quem ainda não está em grande evidência no país.
