Alejandro Valeiko, um dos indiciados pela morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, deixou na noite desta sexta-feira (27) o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), em Manaus. A saída acontece após a concessão de uma liminar por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que permite que ele aguarde o julgamento de um habeas corpus em liberdade.
Logo após deixar a unidade prisional, situada na rodovia BR-174, Valeiko foi conduzido ao Centro de Operações e Controle (COC), no bairro Cachoeirinha, Zona Sul da capital. No local, Alejandro Valeiko recebeu uma tornozeleira eletrônica – que será utilizada no monitoramento dele.
Advogados de defesa de Valeiko chegaram ao COC às 20h15 — Foto: Rickardo Marques/G1 AM
O advogado de defesa de Valeiko, Yuri Dantas, informou que a decisão “começa a retificar os rumos desses processos”.
“Com essa decisão, algumas cautelares são impostas a ele, como o uso da tornozeleira. Não há prisão domiciliar, apenas com o recolhimento noturno. Ele fica à disposição da justiça, e ele regularmente deve comparecer mensalmente para assinatura de um livro de ponto”, informou.
Decisão
Na quinta-feira (26), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu uma medida liminar que permite que Alejandro aguarde o julgamento de um habeas corpus em liberdade. De acordo com o advogado Renato Marques Martins, a defesa agora irá aguardar o trâmite do julgamento no STJ, que ainda não possui data definida para acontecer.
“Esse [habeas corpus] vai demorar um tempo para ser julgado. Quando decidida a liminar, o ministro do STJ já solicitou essas informações. Isso é praxe. O TJ-AM irá prestar informações ao Superior. Prestadas as informações, os autos vão para o Ministério Público Federal, para um parecer e, depois desse parecer, esse habeas corpus será julgado”, explicou.
O caso
Flávio Rodrigues dos Santos foi morto na noite do dia 29 de setembro, depois de participar de uma festa na casa do enteado do prefeito de Manaus, Alejandro Molina Valeiko. O corpo de Flávio foi encontrado somente no dia seguinte no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
Quase dois meses depois, no dia 18 de novembro, a Polícia Civil realizou a reconstituição do crime. Durante quase cinco horas, os seis suspeitos e investigadores estiveram na casa de Alejandro Valeiko. Em seguida, a polícia afirmou já conhecer o autor do crime.
Seis pessoas foram presas suspeitas de terem participado no crime:
- Alejandro Valeiko, de 29 anos;
- José Edvandro Martins de Souza Junior, 31;
- Elielton Magno de Menezes Gomes Junior, 22;
- Vitorio Del Gatto, cozinheiro de Alejandro e que morava na residência. Em novembro, ele teve liberdade concedida por problemas de saúde;
- Elizeu da Paz de Souza, 37, policial militar que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e, conforme investigações, seria segurança de Alejandro;
- Mayc Vinicius Teixeira Parede, 37 – que confessou o crime.