De acordo com dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 43,8% dos casos de dengue no país até março deste ano, quando comparado a igual período anterior. Em 2022, nesse intervalo de tempo, foram notificados 209,9 mil casos prováveis de dengue. Já em 2023, o número saltou para 301,8 mil.
No Amazonas, foram registrados, em 2022, 5,4 mil casos de dengue. Já em 2023, somente no período de janeiro a março, esse número ultrapassou a casa dos 4,8 mil, conforme dados da Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Neste cenário, manter a cobertura vacinal contra a dengue atualizada é essencial. “Como existem quatro sorotipos de vírus da dengue. Quando a pessoa é contaminada, fica imune àquele tipo específico, por exemplo o DEN 1. Mas pode contrair novamente a doença pelo DEN 2, DEN 3 ou DEN 4, e assim sucessivamente. A cada contágio, a chance de agravamento é maior. Já a vacina, protege contra todos os sorotipos”, explica a responsável técnica pelo serviço de vacinas do Sabin em Manaus, enfermeira Gueine Cavalcante.
Conforme indica a Sociedade Brasileira de Imunizações (SbIm), a Dengvaxia previne cerca de 65,5% dos casos gerais de dengue, evita 93% dos casos mais graves e reduz em 80% as internações pela doença. Diante da alta nas notificações, a vacina se torna ainda mais indicada para prevenção da doença.
Gueine Cavalcante informa que os interessados podem fazer a solicitação da vacina diretamente na unidade, por ordem de chegada. “É necessário que a pessoa já tenha tido a doença anteriormente (comprovação em exame ou termo assinado pelo paciente) e que esteja na faixa de até 45 anos (acima disso apenas com solicitação médica)”, salienta.
Endêmica no Brasil, a dengue tem como principal vetor de transmissão a fêmea do Aedes Aegypti. Febre elevada, dores musculares intensas, dor de cabeça, náusea, vômito são os sintomas mais comuns da doença.