A Circo Caboclo, companhia independente amazonense, realiza nesta terça-feira (28/02) uma apresentação adaptada de um espetáculo circense na Escola Estadual Zilda Arns Neumann, no bairro Nova Cidade, na Zona Norte de Manaus.
O projeto faz parte da “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático”, uma proposta artística que mescla acrobacia, a dança, a música e a atuação em cena.
A “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático” tem o patrocínio do Banco da Amazônia. Com o apoio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Programa de Dança, Atividades Circenses e Ginástica (Prodagin) e do Studio W, estúdio de instrumentos musicais que une a sustentabilidade e a paixão por música.
Aproximar a periferia da cultura das artes
O objetivo da apresentação na escola é interagir com a comunidade, estimular e incentivar os estudos, ajudando com a valorização da cultura e das artes. Contribuindo com os esforços conduzidos pelas escolas públicas para a transformação social, por meio da educação e da cultura.
“Vamos fazer esse papel de fazer nosso espetáculo acessível e num espaço de formação, de educação. A apreciação de um espetáculo é uma atividade que colabora com a formação dos estudantes, uma atividade educadora que faz parte da educação, por meio da cultura. Nessa atividade, levaremos o espetáculo para um lugar que não é central, onde não é comum a chegada de atividades artísticas como essa. A nossa expectativa é uma boa recepção, esperamos também uma experiência interessante para nós e para os alunos, que apreciarão o espetáculo. Na escola, há todo o trabalho de descentralização das apresentações e a colaboração na educação dos estudantes, além da acessibilidade ao permitir que essas pessoas consigam desfrutar de um espetáculo artístico circense nas suas escolas”, explica o acrobata Jean Winder.
Conforme a produtora do Circo Caboclo, Amanda Magaiver, a proposta é ainda trazer um espetáculo para estudantes de zonas periféricas de Manaus, onde os moradores, muitas vezes, não têm contato no seu dia a dia. Amanda conta ser uma meta da companhia independente também contribuir como educadores na área artística.
“A iniciativa do projeto experiência flutuante, com apoio do banco Basa, é um ponto de partida para Cia Circo Caboclo, que tem seus integrantes, na maioria, formados em escolas públicas da periferia manauara. Esse tipo de ação é o que gostaríamos de ter tido quando éramos adolescentes, é a nossa devolutiva para nossas raízes. Já estamos pensando outras atividades para estreitar essa relação com as escolas da periferia de Manaus. Somos um grupo formados também por arte-educadores, essa é uma das nossas preocupações como contrapartidas sociais”, destaca.
No elenco, estão os acrobatas Jean Winder e Laísa Silva, na música Alexandre da Amazônia, Cícero Benedito e Wilkerson Lima, iluminação de Daniel Ferrat, com a produção de Jean Winder e Amanda Magaiver (Manaus), além de Yure Lee (Belém). Cícero Benedito também como videomaker e fotógrafo.