Cinturão dos sonhos: estrela do UFC 237, Jéssica Bate-Estaca conta desejo de ser mãe

Jéssica Andrade em sua casa, em Niterói. Foto: Gabriel Monteiro/Agência O Globo
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Quando subir ao octógono da Arena da Barra, já depois da meia noite, portanto, no Dia das Mães, para o combate principal do UFC 237, Jéssica Bate-Estaca literalmente lutará pelos seus sonhos. A paranaense de Umuarama terá a chance de disputar o cinturão peso-palha da organização “em casa”, no Rio de Janeiro, contra a americana Rose Namajunas, atual campeã da categoria.

— É meu grande sonho, e é o que vai proporcionar realizar outros — diz Jéssica.

Um dos maiores desejos da lutadora de 27 anos é ser mãe. Casada com Fernanda Gomes desde 2016, ela planeja uma inseminação artificial para o ano que vem:

— Conforme vou realizando sonhos, sonho outros novos. Já realizei mais do que imaginei. Espero que venha mais pela frente. O cinturão pode me proporcionar a casa própria, que quero ter e já está bem próxima, o sítio para a minha família em Santa Catarina e aumentar a família.

Por enquanto, ela cuida de seus cinco cachorros e dois gatos com sua companheira, “sem essa de mãe pet”, mas com muito amor envolvido. As histórias com dona Neuza, sua mãe, tiram os sorrisos mais sinceros de Jéssica.

Jéssica com Fernanda, sua mulher, e um de seus cinco cachorros
Jéssica com Fernanda, sua mulher. Foto: Gabriel Monteiro/Agência O Globo

— Ela nem sequer vê minhas lutas. Morre de medo de me ver machucada, de me ver tomando soco (risos). Tentei convencê-la a vir porque é em casa, mas ela disse: “Ganha o cinturão e a gente comemora aqui” — conta.

Na casa de quatro quartos, piscina e churrasqueira, em Niterói, seus sogros, Humberto e Cida são sua família.

— Foi a melhor “aquisição” que fiz. Eles são importantíssimos na minha vida — se derrete a lutadora.

Evolução também nos prêmios

Ao assinar com o UFC, Jéssica Bate-Estaca tinha sonhos bem simples. Ela queria ter uma cama box e uma televisão maior — com o Combate, de pay-per-view, onde passariam suas lutas — para jogar videogame, que acabara de comprar. Cinco anos depois, a mulher que colheu milho, dirigiu trator e sonhava ser Marta, a maior jogadora de futebol de todos os tempos, tem desejos maiores.

— Não tinha ideia do que o UFC significava. Achava que teria uma vida mais confortável e só. Naquela época eu dormia num colchão fino e não tinha nenhum aparelho eletrônico. Os sonhos eram pequenos hoje, mas naquele momento era muito. Eu não tinha e nem sabia que teria um dia — lembra.

Jéssica assistindo a TV que sempre sonhou
Jéssica assistindo a TV que sempre sonhou Foto: Gabriel Monteiro/Agência O Globo

Com o primeiro prêmio que conquistou, Jéssica comprou uma moto, que logo trocou por carro, à época do tamanho de outro desejo: dar carona para as colegas de treino na Paraná Vale-Tudo: — O UFC coloca uma cláusula que não podemos andar de moto. Primeiro veio a Pajero, que era velha, depois um Golf e agora um HR-V.

Após mudanças de cidade, a lutadora também trocou uma quitinete por uma casa “com TV e Combate em todos os quartos”. O videogame evoluiu: agora é um PlayStation 4. Vaidosa, ostenta coleções de tênis, bonés, roupas e, claro, medalhas.

— Conquistas, graças a Deus, não faltam — brinca.

‘A rosa e o espinho’ na categoria

Jéssica Bate-Estaca só tira o sorriso do rosto ao falar de Joanna Jedrzejczyk, algoz em sua primeira disputa de cinturão no UFC. A polonesa, conhecida pelo estilo nada respeitoso, declarou sua torcida para a brasileira, mas não a convenceu.

— A Joanna acha que me vence, por isso diz que está torcendo. Como ela está fora, o que resta é falar mesmo — diz Jéssica.

Jéssica Bate-Estaca faz a luta principal do UFC 237
Jéssica Bate-Estaca faz a luta principal do UFC 237

A verdade é que Rose Namajunas chocou o mundo ao nocautear a até então invicta campeã dos palhas. E repetiu a dose na revanche. Como já venceu Jéssica em 2017, quando manteve seu título, Joanna entende que estaria de volta ao páreo pelo cinturão contra a brasileira.

Jéssica mostrou respeito à americana, a quem deu uma rosa na pesagem:

— Rose não é medrosa como a Joanna. Por isso, deixa para resolver na luta. A Joanna provoca porque corre de mão pesada. O psicológico da Rose é mais forte.

A brasileira não adiantou a estratégia, mas prometeu atitude diferente de sua primeira disputa de cinturão

— Fiquei um pouco presa. Desta vez vou fazer a Rose jogar meu jogo de trocação. Se ela quiser ir para o chão, é com ela mesmo — projeta.

*Extra


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