“Existe muita leveza e cumplicidade de palco entre os dois acrobatas. Gostei muito de como os corpos pulsam com a luz”, conta a musicista Sonyra Bandeira, que prestigiou a “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático”, primeira estreia da Companhia Circo Caboclo neste ano, no Teatro Experimental Waldemar Henrique, em Belém (PA).
A estreia da companhia independente em Belém contou, na última semana, com um espetáculo com acrobacias aéreas, dança, música ao vivo e atuação em cena, com momentos de tensão e surpresas. Além das apresentações, a Circo Caboclo realizou, em parceria com Circo Nós Tantos, oficinas gratuitas de acrobacias aéreas e bambolê.
No elenco, estão os acrobatas Jean Winder e Laísa Silva, na música Alexandre da Amazônia, Cícero Benedito e Wilkerson Lima, iluminação de Daniel Ferrat, com a produção de Jean Winder e Amanda Magaiver (Manaus), além de Yure Lee (Belém). Cícero Benedito também como videomaker e fotógrafo.
O espetáculo marcou o intercâmbio cultural na região Norte. A companhia independente de Manaus realizou, em fevereiro, apresentações e oficinas gratuitas na capital amazonense e depois levou a apresentação para a capital do Pará.
“As apresentações em Belém foram um sucesso. Conseguimos levar uma experiência muito interessante de intercâmbio com o meio artístico, cultural e intelectual de Belém. A companhia teve um grande apoio da comunidade artística de Belém e tivemos um público muito considerável nos espetáculos. Foram noites de sucesso e deu tudo certo nas apresentações”, declara o acrobata Jean Winder.
Primeiro espetáculo de 2023
A “Experiência Flutuante — Espetáculo acrobático” tem o patrocínio do Banco da Amazônia (Basa). Com o apoio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Programa de Dança, Atividades Circenses e Ginástica (Prodagin) e do Studio W, estúdio de instrumentos musicais que une a sustentabilidade e a paixão por música.
O espetáculo foi a primeira apresentação da companhia independente de Manaus em 2023. Após a exibição na capital amazonense, a Circo Caboclo pôde concluir o primeiro projeto deste ano. “As atividades foram bem realizadas, tanto as apresentações, que tiveram uma boa repercussão na mídia e entre o pessoal da área cultural. Várias pessoas me mandaram mensagens dizendo que adoraram as apresentações, dizendo que tinham tido para o teatro com muito tempo de antecedência, já com medo de não conseguir assistir a espetáculo”, argumentou o acrobata Jean Winder.
“Uma sensação de missão cumprida ao ter acontecido tudo que a gente planejou. O Basa veio e apoiou as ações, tanto os espetáculos quanto as oficinas, que tiveram um feedback muito positivo. A formação artística circense, assim como Manaus, Belém também tem uma dificuldade no mesmo aspecto”, completa.