Coiab inicia segunda etapa de Workshop de formação de gestores indígenas, em Brasília

Formação é voltada para 60 lideranças que assumiram cargos de gestão pública em 2023 Foto: Isaka Hunikui/Coiab
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A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) inicia nesta segunda-feira, 03/07, o módulo dois do Workshop Gestão Pública para Lideranças Indígenas. A Aula Magna acontecerá na sede da FGV Brasília, com o tema Movimento Indígena: origem, histórico e situação atual. O coordenador-geral da Coiab, Toya Manchineri, e os representantes das quatro organizações de base farão a condução do painel.

Estarão presentes lideranças que assumiram cargos e funções na gestão pública – Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), Coordenações da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Secretarias Municipais e Estaduais, entre outros cargos, dos estados do Amapá, Maranhão, Pará e Rondônia. De forma intensiva, o curso tratará entre os dias 03 e 14 de julho sobre temas como princípios da administração pública, orçamentos públicos, como elaborar projetos, entre outros assuntos.

O workshop é idealizado e implementado pelo braço formativo da Coiab, o Centro Amazônico de Formação Indígena (Cafi), que em 2023 retoma as atividades após mais de 10 anos, com apoio da The Nature Conservancy (TNC), Amazon Conservation Team (ACT), WWF-Brasil, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), e realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com essa crescente no número de gestores, as organizações que compõem a Coiab passaram a demandar formações voltadas para a gestão pública, no sentido de desenvolver competências para liderar, articular, gerir e pensar ações governamentais de forma estratégica, observando as especificidades étnico-culturais e salvaguardas legais para os povos indígenas, combinadas com os princípios da gestão pública.

Dineva Kayabi, vice-coordenadora tesoureira da Coiab e consultora especialista do Cafi, aponta que o Workshop impacta também organizações indígenas em diversos níveis, sejam locais, regionais e nacionais. “Nesses cursos nós aprendemos resolver cada passo das nossas organizações, principalmente para nós que estamos em posições de liderança. É importante para poder trabalhar com transparência, acompanhar e nos atualizar sobre pesquisas, projetos. Com essas formações, podemos exercer um bom trabalho nas nossas organizações de base e outros cargos, como as lideranças que estão nestas funções hoje”, ressalta.

O coordenador da regional Centro-Leste do Pará da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Luís Gonzaga Xipaya de Carvalho, destaca a importância da formação para apoiar os gestores no exercício dos cargos e fortalecer o protagonismo indígena. “O curso vai fortalecer os povos indígenas no propósito de sermos protagonistas da nossa própria história, além do território enquanto caciques, lideranças, presidentes de associação, mas também nessa oportunidade de estar na esfera do governo federal gerenciando uma área de grande importância para os povos indígenas do Brasil”, declara.

Esta é a segunda etapa do Workshop, com a presença de cerca de 30 lideranças indígenas do Amapá, Maranhão, Pará e Rondônia. A primeira foi direcionada para 30 gestores dos estados de Roraima, Amazonas, Acre, Tocantins e Mato Grosso. Os grupos participam separadamente para garantir a aprendizagem, interação e assistência aos cursistas. Em dezembro, o Seminário Integrador reunirá as 60 lideranças participantes dos dois módulos.

Faz parte da programação do Workshop Gestão Pública para Lideranças indígenas, módulo dois, as seguintes oficinas temáticas: reconstrução Cultural da Liderança Contemporânea; Princípios da Administração Pública e Improbidade Administrativa; Como Aprovar um Projeto de Lei; Orçamento Público: políticas públicas para povos indígenas nas leis orçamentárias (saúde, educação, regime fundiário e meio ambiente); como Aprovar uma Emenda Parlamentar ao Orçamento; Contratos Administrativos e Licitações; Estrutura do Estado Voltada aos Povos Indígenas, Direitos e Salvaguardas Indígenas; Gênero e Povos indígenas; bem Público, Empreendedorismo e Inovação no Governo; Desafios Estratégicos; Lei da Segurança Jurídica e a Proteção do Bom Gestor; Como elaborar um plano estratégico; busca por acolhimento no ambiente de trabalho.

Sobre a Coiab

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), é uma organização indígena com 34 anos de atuação na defesa dos direitos indígenas a terra, saúde, educação, cultura e sustentabilidade, considerando a diversidades de povos, e visando sua autonomia por meio de articulação política e fortalecimento das organizações indígenas.

É a maior organização indígena regional do Brasil em número de povos incluídos e área de abrangência. Atua em nove estados da Amazônia Brasileira (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), e está articulada com uma rede composta por associações locais, federações regionais, organizações de mulheres, professores, estudantes indígenas, e subdividida em 64 regiões de base.

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