Coronavírus: Com 12,5%, Manaus têm um alto índice de infectados e Tefé surpreende com quase 20% da população

Município de Tefé (Foto: Divulgação)
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O número de doentes no Brasil por covid-19 deve ser aproximadamente 7 vezes maior que o que se conhece nas estatísticas oficiais. É o que revela a etapa inicial do estudo Epicovid-19, conduzido pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e realizado pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística).

Além disso, o estudo mostrou que Manaus está com 12,5% com um alto índice de infectados e Tefé surpreendeu com 19,6% da população,  ou seja, 41 mil dos 210 mil habitantes do município estão ou já estiveram com o novo coronavírus. De acordo com o levantamento, realizado de 14 a 21 de maio, de 1 grupo de 7 pessoas, apenas uma sabe que está infectada.

De acordo com o Governo do Amazonas, Tefé tem 1.322 casos da doença, mais de 39 mil a menos do que foi levantado durante a pesquisa.

No início de Maio os serviços não essenciais foram suspensos em Tefé (a 522 quilômetros de Manaus), e foi determinado lockdown com a suspensão da circulação e aglomeração de pessoas em vias públicas da cidade, além de estabelecimentos comerciais, instituições bancárias e lotéricas. A medida foi prorrogada até a última sexta-feira (22).

Em 90 cidades, 760 mil pessoas foram contaminadas, ou seja, têm anticorpos para a doença. Representa cerca de 1,4% da população somada desses municípios. Nessas localidades moram mais de 25% da população brasileira.

Em Belém, mais de 15% tiveram o coronavírus e, em Manaus, 12,5%. Em Macapá, quase 10%. No Nordeste, Fortaleza e Recife têm os maiores índices de infectados.

Pedro Curi Hallal, coordenador da pesquisa e reitor da UFPel, diz que o número é “preocupante”. “Essas outras pessoas que têm o coronavírus e não sabem involuntariamete podem transmitir para outras pessoas. E isso faz com que a epidemia continue crescendo nesse ritmo preocupante que tem ocorrido no Brasil”.

O estudo revela que a taxa de infecção ainda é baixa:

Fonte: UFPel

De acordo com a pesquisa, a diferença por regiões do Brasil é marcante. As 15 cidades com maiores prevalências incluem 11 da região Norte, duas do Nordeste (Fortaleza e Recife) e duas do Sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo).

Na região Sul, apenas Florianópolis apresentou prevalência superior a 0,5%, e na região Centro-Oeste, a pesquisa não encontrou nenhum caso positivo nas 9 cidades estudadas, embora já existam casos e óbitos confirmados.

Segundo os pesquisadores, “esse resultado confirma o que já vinha sendo sugerido pelas estatísticas oficiais, de que a Região Norte tem o cenário epidemiológico mais preocupante do Brasil”. 

MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO

O levantamento da UFPel também avaliou o grau de cumprimento da população com as medidas de distanciamento social. Nos Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina, mais de 65% dos entrevistados relataram cumprir as medidas de distanciamento.

Em Alagoas, no Maranhão e em Roraima, menos de a metade dos entrevistados relatou cumprir as medidas de distanciamento.

O gráfico a seguir apresenta a proporção dos entrevistados, em cada Estado, que relatou ficar em casa o tempo todo ou sair somente para as atividades essenciais:

Fonte: UFPel

TESTAGEM EM MASSA

Os testes fazem parte da Epicovid-19 –pesquisa encomendada pelo governo federal e coordenada pela Ufpel (Universidade Federal de Pelotas). A testagem em massa foi orçada em R$ 12 milhões, dos quais R$ 9,975 milhões ficarão com o Ibope.

O objetivo é traçar 1 panorama da imunização dos brasileiros contra o novo coronavírus. Para tanto, equipes do Ibope pretendiam realizar testes rápidos nos domicílios de 133 cidades. O estudo acabou sendo realizado em menos municípios (90) porque faltou comunicação entre os pesquisadores e os governos das cidades.

Autoridades locais afirmam que não foram informadas sobre o estudo. A universidade alega o contrário. Testes foram apreendidos e descartados. Devido aos problemas, entrevistadores deixaram alguns municípios antes de realizar os 250 testes.

No total são 99.750 testes aplicados em 3 etapas: 250 exames por cidade em cada uma das fases. Cada inquérito epidemiológico, portanto, deve testar pelo menos 33.250 pessoas.

*Redação com Estadão Conteúdo

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