Uma nova variante do coronavírus, formada a partir da combinação entre a cepa do Reino Unido (B.1.1.7) e a da Califórnia (B.1.429) foi descoberta por cientistas dos Estados Unidos. Eles acreditam que a mutação tornou o vírus mais infeccioso e mais propenso a escapar dos anticorpos criados pelas vacinas ou em infecções anteriores.
Os pesquisadores identificaram um caso na Califórnia, mas acreditam que a nova versão está em circulação. A variante híbrida foi descoberta pela cientista Bette Korber, do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.
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Em uma reunião organizada pela Academia de Ciências de Nova York, no início de fevereiro, ela explicou que a cepa carrega uma mutação da B.1.1.7 (do Reino Unido), chamada de Δ69 / 70, que torna o vírus do Reino Unido mais transmissível, e outra da B.1.429, chamada de L452R, que pode conferir resistência a anticorpos.
“Este tipo de evento pode permitir que o vírus tenha acoplado um vírus mais infeccioso a um vírus mais resistente”, disse ao jornal New Scientist.
Especialistas afirmam que recombinações são esperadas e são prováveis de acontecer durante grandes surtos. O “evento de recombinação” ocorre quando uma pessoa é infectada com duas cepas diferentes do coronavírus ao mesmo tempo, provavelmente de duas fontes diferentes, e elas se “chocam” dentro do corpo. Elas infectam a mesma célula e trocam de genes durante a reprodução, dando origem a uma nova variante.
A enzima que replica o genoma do novo coronacírus é propensa a deslizar para fora da fita de RNA que está sendo copiando e depois se reúne de onde parou. Quando uma célula hospedeira contém dois genomas diferentes de coronavírus, a enzima pode saltar repetidamente de um para o outro, combinando diferentes elementos de cada genoma para criar uma versão híbrida.
Fonte: Metrópoles