‘Crime de responsabilidade cada vez fica mais claro’, diz Aziz sobre Bolsonaro no caso Covaxin

© Edilson Rodrigues/Agência Senado Senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid.
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O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o silêncio de Jair Bolsonaro sobre a acusação de ter ignorado suspeita de corrupção nas negociações para compra da vacina indiana Covaxin deixa “cada vez mais claro” o cometimento de crime de responsabilidade por parte do presidente.

Em entrevista à Rádio Eldorado, ele afirmou que o presidente tem o direito de não responder à CPI, que pede explicações sobre a denúncia do deputado Luis Miranda (DEM-DF), mas que é necessário esclarecer a situação à população.

“Ele mesmo (Bolsonaro) admite que recebe mais de cem pessoas por mês e que nem tudo ele encaminha”, disse Aziz, em referência à entrevista à Rádio Gaúcha em que o presidente afirmou, ao ser perguntado sobre o caso Covaxin, que não pode “tomar previdência sobre qualquer coisa” que chega até ele. “Um deputado leva a ele uma denúncia falando de irregularidade na compra de vacina (e ele ignora)… Se isso não é grave, se isso não for prevaricar, temos que mudar a Constituição, as leis”, disse Aziz nesta segunda.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) disse hoje que o crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro no caso Covaxin, que pode resultar em impeachment, fica mais claro com a falta de resposta do presidente à comissão. Bolsonaro é suspeito de prevaricação por não ter tomado providências ao saber de irregularidades na compra da vacina indiana. O relato foi feito ao presidente pelo deputado Luís Miranda e pelo irmão dele e servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda. Em entrevista à Rádio Eldorado, Omar Aziz apontou que já há evidências de crime de prevaricação, que se juntaria a outros dois: crime contra a vida e crime sanitário. “Nós iremos agir conforme manda a lei e o crime de responsabilidade, que é prevaricação, ele não respondendo, cada vez fica mais claro”, afirmou.

Aziz também cobrou um posicionamento do presidente a respeito do suposto envolvimento do deputado Ricardo Barros (PP-PR) no caso Covaxin. De acordo com Luis Miranda, Bolsonaro teria citado o parlamentar paranaense ao tomar conhecimento das suspeitas de corrupção envolvendo a vacina indiana, dando a entender que seria um “rolo” do deputado.

“Ricardo Barros tem que pedir ao presidente para desmentir o Luis Miranda, não é para a CPI que ele tem que desmentir. Não acusamos Ricardo Barros de nada. Quem o acusou foi o presidente, segundo o Luis Miranda”, disse Aziz. “O que ele falar para a gente tem pouco ou quase nada de valor. Deputado, peça ao presidente uma nota de desagravo dizendo que o deputado Luis Miranda é um mentiroso.”

Aziz afirmou que o relatório da CPI, que será elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), deverá citar, para além do caso Covaxin, “crimes contra a vida e crime sanitário”. “Temos questões muito sérias já. Tratamento precoce, imunização de rebanho, propagação de remédios que não tinham efeito nenhum, determinação para que ministro da Saúde estude tirar a obrigatoriedade de máscaras… São coisas que estão claras para a gente. A tipificação do crime será feita no relatório. Tem muita coisa aí que não ficará sem resposta à sociedade.”

Na semana passada, a senadora Simone Tebet (MDB-MT) afirmou ao Estadão que a CPI já reuniu elementos suficientes para pedir o impeachment de Bolsonaro por crime de responsabilidade. Para ela, mesmo que o impedimento do presidente ainda não tenha os 342 votos necessários na Câmara, esta situação pode mudar nas próximas semanas, conforme as investigações da CPI se aprofundem.

Estadão

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